O ex-presidente Michel Temer, conhecido pelo tom conciliador e a gentileza no trato, admitiu ter “se cansado” de ouvir acusações mentirosas de que promoveu “golpe” contra Dilma Rousseff (PT), desta vez pelo presidente Lula, durante sua viagem ao exterior. Temer enumerou as realizações do seu governo, em entrevista à Rádio Bandeirantes, e até exortou Lula a descer do palanque e começar a governar. Para ele, a história de “golpista” é “pavorosa”, desabafou.
Lula não é unanimidade, lembrou Temer: “Se a eleição tivesse sido ganha por 20 milhões de votos, muito bem. Mas foi margem pequena”.
O ex-presidente não poupou o próprio partido, MDB. Questionado sobre a reação emedebista disse que “no primeiro momento, ficou em silêncio”.
Temer mencionou a ação do vereador do MDB Rubinho Nunes, contra a fake news postada no site oficial do Planalto sobre “golpe de 2016”.
“Sei que [Lula] é bom negociador, bom conversador, e saberá conquistar, como vem conquistando, o Congresso”, afirmou o ex-presidente.
O entorno de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) captou dois fenômenos prejudicando a campanha do senador mineiro, que tenta ser reconduzido à Presidência do Senado. Em menor intensidade, Eduardo Girão (Pode-CE), também candidato, pode empurrar a inédita disputa para o segundo turno, que seria disputado entre Pacheco e Rogério Marinho (PL-RN), apoiado por Jair Bolsonaro. Já Davi Alcolumbre (União-AP) é tido como “tóxico”, até pelas insinuações em torno do uso das “emendas do relator”.
Cabo eleitoral de Pacheco, Alcolumbre tem a desconfiança dos pares. O senador do Amapá quer apenas continuar presidindo a CCJ.
Senadores relataram à coluna “conversas estranhas” sugerindo “maior facilidade” para liberar verbas em ministérios caso Pacheco leve o pleito.
Parlamentares também dizem que monitoramento das redes sociais apontam rejeição aos associados a Alcolumbre e citam a #PachecoNão.
O deputado eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou o desbloqueio das redes sociais, cheio de regras impostas por Alexandre de Moraes, “avisa lá que tô voltando, mas com a tornozeleira virtual”.
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) destaca a “nova ameaça de censura” dentro do ‘pacotão’ de Flávio Dino (Justiça), após invasões de 8 de janeiro, para impor novas “regras nas redes sociais”.
Algoz de Dilma, Eduardo Cunha, confirmou que o impeachment da petista se tratou de golpe. E repetiu Temer: “foi um golpe sim, mas de sorte do Brasil por ter se livrado do desgoverno do PT”.
Brasília já se ressente da ausência da gestão pública que levou Ibaneis Rocha (MDB) à reeleição no primeiro turno. Os buracos se multiplicam na proporção dos demais problemas, na capital do Brasil.
Com a volta ao Brasil de Jair Bolsonaro ainda sem data definida, auxiliares do ex-presidente dão como certo que a ex-primeira-dama Michelle retorna ao país antes do marido.
Prefeita de Campo Grande (MS), Adriane Lopes (Patriotas) chama atenção de caciques nacionais, informados de que seu trabalho deve conduzi-la a voos mais altos. Todos querem tê-la filiada.
A confirmação do petista Jean Paul Prates na presidência da Petrobras não foi bem aceita no mercado financeiro. As ações empresa registraram queda de 2,7%, o que puxou a Ibovespa para baixo, queda de 0,08%.
Os presidentes do Brasil e Argentina têm dificuldades com a verdade. O jornal La Nación registrou a cara-de-pau de Alberto Fernández, para quem a inflação de 100% ao mês no país “está na cabeça das “pessoas”.