Ignorando a legislação, Lula nomeia políticos para empresas estatais e PGR não se mexe

Lei em vigor proíbe que políticos com mandato ou pessoas que tenham participado de campanhas eleitorais dirijam empresas estatais
Cláudio Humberto
Publicado em 07/02/2023 às 7:00
Aloizio Mercadante tomou posse como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento EconÃŽmico e Social (BNDES) nesta segunda (6) Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil


Além do senador Jean Paul Prates na Petrobras e do ex-senador Aloizio Mercadante no BNDES, expressamente vedados pela Lei das Estatais, o governo Lula esculachou no deboche ao permitir que o ex-candidato ao governo gaúcho Edegar Pretto assumisse a presidência da Cia Nacional de Abastecimento (Conab) sem ao menos ter sido indicado e aprovado no conselho de administração da empresa. Pior: órgãos de fiscalização como Procuradoria Geral da República (PGR) não parecem se importar.

Proibição expressa

A Lei das Estatais proíbe que políticos com mandato ou pessoas que tenham participado de campanhas eleitorais dirijam empresas estatais.

Fim da eficiência

A exigência de gestão técnica prevista na Lei das Estatais fez Petrobras e Banco do Brasil, por exemplo, registrarem desempenho histórico.

Lei ainda em vigor

A Câmara já aprovou a desfiguração da Lei das Estatais no assalto final dos políticos, mas o Senado ainda não. A lei federal continua em vigor.

PGR não agiu

Questionada nesta segunda (6), a PGR não informou o que e se pretende adotar qualquer iniciativa contra as múltiplas ilegalidades.

Falas de Lula estimulam inflação e ele ataca o BC

Após criar instabilidade com ataques ao Teto de Gastos e promover a aprovação da Emenda Constitucional que, na prática, acabou com esse controle constitucional sobre as despesas públicas, o presidente Lula (PT) enfrentou oito altas consecutivas na previsão da inflação do boletim Focus, por exemplo. Agora, após dias de defesa do fim da independência do Banco Central, Lula achou ruim que a taxa Selic seguiu alta para combater a inflação que tem disparado desde a sua vitória.

Economês básico

O objetivo da taxa de juros alta é encarecer crédito, frear consumo e a alta de preços na economia. Presidente falante não ajuda.

Retroalimentação

A previsão de alta na inflação também gera um aumento na previsão da taxa Selic; que passou para 9,75% no final de 2024.

Em 2023 vai mudar

Os resultados econômicos de 2022 foram positivos. A inflação fechou o ano em 5,79%, abaixo de EUA e China pela primeira vez na História.

Mentira presidencial

Para defender a injeção de dinheiro público em ditaduras, Lula contou a lorota que o calote que Cuba deu no banco é culpa de Jair Bolsonaro. Mas o calote vem de antes de 2019, antes da posse do ex-presidente.

Apenas perseguição

O Conselho de Ética cassou três senadores desde a redemocratização, mas agora a tropa de choque lulista promove uma onda de perseguições com o objetivo de procurar cabelo em ovo para cassar seus opositores.

Negou e vacinou

Lula disse que nunca viu “campanha tão grande de negacionismo”, ao falar de vacinas no Rio. Faltou dizer que, com vontade política ou não, o Brasil realizou contra covid a maior campanha de vacinação de sempre.

Sem pressão

A ordem do ministro Flávio Dino (Justiça) para recadastrar armas na Polícia Federal gera desconfiança na Câmara. Marcos Pollon (PL-MS) chama a medida de antidemocrática e diz para os CACs aguardarem.

Apetite petista

O PT entrou na disputa pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, até então “reservada” a Renan Calheiros (MDB-AL). Humberto Costa (PT-PE) também tem interesse em presidir a comissão.

Morde e assopra

O senador Jorge Kajuru (Pode-GO), tentou apaziguar a situação com o clã Bolsonaro, afirmou gostar de quase todo mundo da família, menos de Jair Renan, que falou que é um “fanfarrão” e “de jogar pedra”.

Novo presidente

O Republicanos de São Paulo, partido do governador Tarcísio de Freitas, está sob novo comando. O escolhido foi Roberto Carneiro, confirmado pelo presidente nacional do partido, Marcos Pereira.

O embaixador acertou

Embaixador da União Europeia, Ignacio Ybañez foi vítima da intolerância e de linchamento da esquerda por haver endossado críticas às posturas atrasadas de Lula, citando versos, quem diria, de Chico Buarque.

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