O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que é do PSD, continua sob acusação de tentar interferir na Petrobras. Após o anúncio de que vai baixar o diesel na “canetada” e ser desmentido em nota pública pela própria estatal, o ministro ainda insiste na desistência da venda de ativos. O “plano de desinvestimento” da Petrobras foi central na reorientação da estratégia da empresa e os resultados positivos nos últimos anos, apesar do saque bilionário investigado durante a operação Lava Jato.
A venda de campos no Rio Grande do Norte e Espírito Santo e de uma refinaria no Ceará estão entre as decisões que Silveira tenta reverter.
Ex-senador do PT e presidente da Petrobras, Jean Paul Prates decidiu não interferir (agora) no desinvestimento, que funciona desde 2018.
O Conselho de Administração da estatal foi indicado pelo governo em fevereiro e teria sido definido “sem diálogo”, segundo petroleiros.
Funcionários da estatal que conversaram com a coluna admitem que o clima em torno da disputa por poder na Petrobras é “péssimo”.
Após afirmar, na quinta-feira (6), que “quem escolhe [o novo ministro do STF] sou eu. Eu não tô preocupado com a escolha”, o presidente Lula (PT) promoveu, pela primeira vez no mandato, consenso entre governo, oposição e judiciário: ele é o único que não estaria preocupado. Além de parlamentares, o meio judiciário está em polvorosa com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, na próxima terça-feira (11).
Candidatos ao STF com trânsito no Congresso apostam na viagem à China para convencer Lula. O anúncio ficará para depois da volta.
Lula disse que não tem compromisso de indicar negros ou negras, mas Benedito Gonçalves (STJ) está entre os preferidos do presidente.
Os advogados Cristiano Zanin (de Lula) e Manoel Carlos de Almeida (ex-assessor de Lewandowski) e o ministro Luís Salomão (STJ) são cotados.
Já são 15 medidas provisórias apresentadas por Lula, apenas nos três primeiros meses de 2023. O petista que já era recordista absoluto entre os presidentes em números de MPs editadas, agora “abre vantagem”.
Governo Lula, Congresso e Judiciário se movimentaram rápido, este ano, para regularizar os bilhões do DPVAT, que agora ficam com a Caixa. Era uma questão judicial, mas uma lei “resolveu” o problema.
Ao menos por enquanto, Lula tem dito que não haverá troca de ministros no balanço dos cem dias do governo. Vai manter até os enrolados Juscelino Filho (Comunicações) e Daniela Carneiro (Turismo).
Sergio Moro (União-PR) repercutiu a fala de Lula de que não tem compromisso com indicar uma mulher ou um negro ao Supremo Tribunal Federal: “procura um parceiro para o STF”, cravou o senador.
Foi quando a petista Dilma Rousseff assumiu o primeiro mandato que o Brasil deixou de ser convidado para as reuniões de cúpula do G7, grupo das sete economias mais industrializadas do mundo.
Ex-secretário no Amazonas e São Paulo, o gaúcho Rossieli Soares é quem chefia a secretaria de Educação do Pará a convite do governador Helder Barbalho. Ambos foram ministros do governo Michel Temer.
O falecido Olavo de Carvalho está prestes a se tornar cidadão honorário de Curitiba. A honraria foi aprovada na primeira votação pela câmara municipal. Falta a confirmação em segundo turno.
A remuneração dos novos conselheiros da Itaipu Binacional, indicados por Lula, é para qualquer um tirar o pé da lama. A remuneração é de R$27 mil mensais e costuma se reunir uma vez a cada dois meses.
...birra contra a reforma do ensino médio é coisa de 5ª série.
“Se a meta está errada, muda-se a meta”
Presidente Lula dá o mote para seu governo ‘driblar’ na canetada a taxa de juros
Em clima de Semana Santa, durante o primeiro governo Lula, o então deputado João Caldas (PL-AL) foi buscar na Bíblia um paralelo dos movimentos do petista para fortalecer sua aliança com partidos conservadores: “Lula vai ter que negar o PT, assim como o apóstolo Pedro negou Jesus Cristo três vezes...”