Ibaneis afastado, general solto: os erros do STF

As imagens vazadas do Planalto reforçam a constatação dos graves erros da própria Corte em relação aos atos criminosos de 8 de janeiro
Cláudio Humberto
Publicado em 20/04/2023 às 7:02
Ministro do STF, Alexandre de Moraes, é o relator dos inquéritos na Corte a respeito dos atos criminosos de 8 de janeiro, em Brasília Foto: FABIO RODRIGUES POZZEBOM / AGÊNCIA BRASIL


Ibaneis afastado, general solto: os erros do STF

As imagens vazadas do Planalto, de conhecimento do Supremo Tribunal Federal (STF), reforçam a constatação dos graves erros da própria Corte em relação aos atos criminosos de 8 de janeiro. A começar pelo afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), sem fatos que o justificassem. E manter solto o general Gonçalves Dias, apesar de as imagens mostrarem o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) quase confraternizando com os “manifestantes”.

Erros reiterados

Mesmo com imagens evidenciam atitude cúmplice do GSI de Lula, o STF manteve Ibaneis afastado e não prendeu o general e seus subordinados.

Sem resistência

Mesmo o Planalto sob ataque de supostos “golpistas”, o general aparece sem arma em punho e sem qualquer atitude de resistência.

Cumprindo ordens

Sob comando de um general, os agentes do GSI são militares do Exército que, como quaisquer outros, apenas cumprem ordens.

Camaradagem

Uma das imagens mostram o general abrindo a porta de vidro que separa os elevadores do gabinete presidencial e seguranças inertes.

Oposição suspeita de ‘provocadores’ no Planalto

Sem a proteção do sigilo imposto pelo presidente Lula, as imagens das câmeras do Palácio do Planalto reforçam a suspeita da oposição de que havia “agentes provocadores”, infiltrados encarregados de provocar a depredação das sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. “A essas alturas, nenhuma possibilidade pode ser descartada”, avalia o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) ao cobrar a instalação da CPMI.

Tudo muito suspeito

“Está claro que não se pode confiar no governo e nem na Polícia Federal que hoje está sob a chefia de Flávio Dino”, segue van Hattem.

Conspiração cogitada

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que conhece muito bem o Palácio, diz que as imagens mudam o sentido dos fatos: “tem cara de conspiração”.

Amigável GSI

A atuação de agentes, que facilitaram acesso ao interior do palácio e até serviram água aos vândalos, derrubaram Gonçalves Dias do GSI.

A crise viaja

O presidente Lula resolveu sair pela tangente e antecipar sua viagem a Portugal. Em vez de decolar na sexta-feira (21), como estava previsto, ele decidiu vazar nesta quinta-feira (20).

‘Eu não sabia’

O presidente Lula já tratou de se livrar de envolvimento na armação dos seus próprios seguranças. “Eu não sabia”, disse ele. Exatamente a mesma alegação nos tempos de mensalão, no seu primeiro governo.

São uns artistas

Na tentativa de proteger o governo Lula do batom na cueca, petistas já difundem a lorota de que o comportamento do general Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do GSI, “provocava críticas internas do governo”.

Omissão ampliada

As imagens comprometedoras, mostrando seguranças do atual governo colaborando com o badernaço, também deixa mal o ministro da Justiça, Flávio Dino, que a oposição acusa de omissão no badernaço do dia 8.

Esquema em xeque

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comemorou a divulgação dos vídeos. Para ele, isso põe em xeque o esquema montado para criminalizar os políticos conservadores e os seus apoiadores.

Por nossa conta

Enquanto Brasília fervilhava, no primeiro grande escândalo do Lula 3, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e seu criador Davi Alcolumbre (AP) gastavam dinheiro público no esticadão de João Dória em Londres.

Oposição

André Fernandes (PL-CE) comemorou vitórias, na quarta (19): convocou o presidente da Apex, que falou mal do Brasil na China, e barrou cinco comissões: “Nada funcionará nada até a CPMI ser instalada!”.

Que invasão?

As redes sociais da Embrapa ignoram a invasão pelo MST de terras controladas pela empresa estatal. Além de uma nota de repúdio e outra de esclarecimento quase escondidas no site oficial, a Embrapa silencia.

Pensado bem...

...haja arcabouço fiscal para aguentar as idas de Janja às compras de móveis de luxo sem licitação.

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