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Bares e restaurantes de Pernambuco terão pacote de incentivos fiscais para compensar restrições da pandemia

Governo do Estado reduziu carga tributária do setor de gastronomia ao longo deste ano para minimizar os efeitos da quarentena sobre a atividade econômica

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 19/03/2021 às 16:14
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PORTAS FECHADAS Estabelecimentos comerciantes não poderão abrir nos sábados e domingos até dia 06 - FOTO: REPRODUÇÃO/TV JORNAL
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Em reunião com o segmento de bares, restaurantes e similares, os secretários de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio; da Fazenda, Décio Padilha; e de Turismo, Rodrigo Novaes, anunciaram um pacote de medidas fiscais que vão reduzir a carga tributária do setor. A ideia é garantir um fôlego para atravessar a fase mais crítica da pandemia. As ações contemplam redução de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), prorrogação de incentivos vigentes, adiamento para o pagamento de tributos, além de condições diferenciadas para regularização de recolhimentos atrasados. As medidas atendem parte dos pedidos da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e foram anunciadas nesta quinta-feira (18), em reunião remota com o presidente da instituição, André Araújo, e empresários do segmento.

“A pandemia chegou em um fase crítica e o Governo tem se aproximado do empresariado para buscar medidas que minimizem a travessia. Essa é mais uma ação dentro dessa ideia de reduzir os danos e criar condições que viabilizem a retomada das atividades de forma mais acelerada, quando as restrições forem flexibilizadas, destacou o secretário Geraldo Julio.

MEDIDAS

A primeira medida prorroga em um ano a vigência do Convênio Federal ICMS 91/2012. Trata-se de um incentivo que reduz a base de cálculo que o governo utiliza para aplicar a tributação. O convênio tinha vencimento previsto para 31 de março de 2021 e passou para para o dia 31 de março de 2022. A ação foi autorizada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que regula a gestão de incentivos fiscais concedidos pelos estados.

Outro ponto é a redução de alíquota do ICMS, que passa de 3,4% para 2,12%. Segundo o governo, a medida reduz em mais de 37% a carga incidente nas operações dos estabelecimentos. A terceira medida vale para Bares, Restaurantes, buffets e estabelecimentos similares enquadrados no Simples Nacional. O pagamento de ICMS dos meses de março, abril e maio terão vencimento prorrogado para julho, agosto e setembro deste ano para empresas enquadradas nesse regime. Já para as empresas que não integram o Simples Nacional, o Governo do Estado vai oferecer descontos de até 90% nos juros e nas multas e parcelamento em até 60 meses para quem buscar a regularização de débitos com o Fisco estadual. O teto de descontos vale para pagamentos à vista e vai reduzindo a partir do aumento de parcelas do acordo.

ADIAMENTO

“A prorrogação em quatro meses no pagamento do ICMS, por exemplo, tira uma receita nossa do primeiro semestre para o segundo. São cerca de R$ 100 milhões no fluxo de caixa do Estado e que não vamos poder contar agora, quando o Estado precisa de recursos para combater a pandemia. A gente adia esse recebimento porque entende a necessidade das empresas nessa fase difícil e para poder contar com elas lá na frente. Além de redução de alíquota, prorrogação de convênios e condições de parcelamento de débitos que podem colocar as empresas de novo em condições de funcionar bem”, detalhou Décio Padilha.

Os descontos nos juros e nas multas para quem regularizar pendências com o fisco são de 90% (pagamento à vista), 80% (em até seis parcelas), 70% (de sete a 12 parcelas), 60% (de 13 a 24 parcelas), 50% (de 25 a 36 parcelas), 40% (de 37 a 48 parcelas) e 30% (de 49 a 60 parcelas).

Também participaram da reunião a secretária executiva de atração de investimentos e estudos econômicos, Ana Paula Vilaça; o presidente da Empetur, Antônio Baptista; o proprietário do Cia do Chopp, Tony Sousa; e o Master Franqueado da Mc Donalds, Mario Carvalheira.

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