Dias bastante desafiadores, epidemia de informações meio à pandemia do coronavírus. O nosso inimigo é invisível aos olhos, o futuro imprevisível, o cuidado com a saúde é a tônica mundial, recomendação de isolamento pela OMS e pelos principais líderes mundiais, médicos, cientistas e mais. Do outro lado, o desafio e pavor da segunda onda que vem na sequência da pandemia: a onda da recessão com fortes sinais de um grande tremor em todo o mundo.
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Com isso, os países vêm anunciando medidas emergenciais para a saúde e para a economia, conflitos surgem em relação ao isolamento social, e as opiniões surgem mais divididas em relação ao formato desse isolamento. A parte disso, faço algumas reflexões para o pequeno empresário, para o empreendedor e também para você, que cuida de suas finanças, tanto pessoal quanto do casal!
O brasileiro, em sua maioria, não tem a prática de fazer uma reserva de emergência, algo que varia em torno de seis a doze meses das despesas mensais e que deve estar disponível, digo com alta liquidez, investido em produtos conservadores da renda fixa. Esse montante é destinado para fins de redução de renda, desemprego, questões de saúde, suporte familiar e quem sabe também para uma real oportunidade. Curioso que ao longo dos anos trabalhando na área, é comum ouvir das pessoas perguntas em relação a real necessidade sobre a reserva de emergência. Para os que de alguma forma tinham dúvidas, acho que o nosso atual momento responde da forma mais prática e real possível.
Na outra ponta, podemos perceber a seguinte situação. Se a pessoa não tem a prática de construir sua reserva de emergência, pergunto: será que esse empresário, empreendedor tem a percepção da importância de ter um capital de giro para o seu negócio?
A resposta vem de forma avassaladora, com poucas semanas vemos negócios a ponto de fechar ou mesmo encerrando sua operação, pessoas sendo desligadas e muito mais. Talvez não somente por isso, mas devido à falta do capital de giro. Em grande parte, sim, pois vemos então que muitas empresas, muitos negócios não têm como se manter minimamente devido à quebra do fluxo.
Uma frase que resume bem a vida dos pequenos negócios é “vai da mão pra boca”, isto é, a receita já serve de cara para alimentar o negócio e a casa do dono, não tem pausa, não tem reserva de emergência, nem capital de giro sendo formado, mantidos para determinadas situações, que por diversas razões, no negócio ou em casa, mais cedo ou mais tarde, vai enfrentar.
Por fim, convido você, empresário, empreendedor, pai ou mãe, para entender melhor o momento de suas finanças, em sua casa, no seu negócio. Tente listar no Excel ou num pedaço de papel o que você tem de receita prevista para o mês de abril, e despesas previstas para o mesmo mês. Com base nisso, você se adianta minimamente em relação ao cenário que te espera logo adiante, de forma mais precisa, com base nos números, e claro, de imediato, ATUE, parta pra ação, corte despesas, reduza outras, negocie o que for necessário, faça isso em conjunto com todos de sua casa, da sua empresa. É fundamental que todos entendam a realidade e vistam a camisa, mas faça tudo de forma coerente, lembre que do outro lado também está se enfrentando uma guerra.
É hora de deixar de lado o pessimismo e a guerra de opiniões e partir para a ação, de forma objetiva. Cuide de sua casa e do que mais for preciso, da soleira pra dentro são vocês que resolvem, na empresa, todos têm interesse em seguir e certamente de um lado e de outro, clientes, fornecedores, empresário e empregado podem precisar abrir