Aulas presenciais suspensas em Pernambuco até 31 de agosto

A Secretaria de Educação e Esportes havia estabelecido a data de suspensão para 15 de agosto
Alice Albuquerque
Amanda Azevedo
Publicado em 13/08/2020 às 17:50
Será divulgado um novo protocolo com instruções para as instituições do Estado Foto: PEDRO MENEZES/SEI


O governo de Pernambuco anunciou, nesta quinta-feira (13), que decidiu manter as atividades presenciais da educação básica e do ensino superior suspensas pelo menos até o dia 31 de agosto. O decreto anterior estabelecia o fim da pausa neste sábado (15).

De acordo com o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, ainda não há data definida para retomada das aulas presenciais. Ele destacou que o protocolo setorial com instruções para as instituições de ensino do Estado terá uma nova versão, incluindo mais sugestões coletadas em consulta pública.

"O governo do Estado vem desde maio construindo um plano de convivência para permitir a retomada das atividades presenciais. Já divulgamos um protocolo setorial que, inclusive, terá uma nova versão com outras contribuições que chegaram para aprimoramento do texto. Desenvolvemos um plano executivo para a retomada, tratando de que deve ocorrer em etapas. Por exemplo, priorizando anos como o 3º ano do ensino médio", explicou o secretário durante coletiva de imprensa.

Amancio destacou que a importância das retomada das aulas presenciais se deve por vários aspectos "desde aprendizagem, mas também pela questão do desenvolvimento social e emocional dos estudantes", e reconheceu que a área envolve muita complexidade. "A gente vem analisando esses números no Estado. Ainda não é o momento de se estabelecer essas datas, mas esperamos que com o avanço e a melhoria dos números da pandemia, a redução dos indicadores do Estado, a gente possa planejar e estabelecer datas para o início desse processo de retomada".

Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), a decisão foi prudente. "O bom senso prevaleceu diante dos dados, os números ainda estão em um patamar elevado. Acreditamos que não há ainda segurança e tranquilidade para que possamos retomar as atividades presenciais sem riscos. Temos crianças, adolescentes, jovens e toda a categoria, e uma das maiores dificuldades é a questão do transporte público, por conta da aglomeração. Vamos continuar atentos para que não haja nenhum anúncio precipitado", disse o presidente do Sintepe, Fernando Melo.

Na avaliação do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe), não há justificativa para a prorrogação. A categoria argumenta que está pronta para o retorno às atividades presenciais, cumprindo o protocolo. "Nós nos sentimos um tanto quanto injustiçados no processo. Não somente isso, queríamos compreender como as coisas estão sendo colocadas. O protocolo vem sendo cumprido em relação a várias atividades onde percebemos que aglomeração é a tônica, como feira da sulanca, supermercados, praias, bares e restaurantes. Não que sejamos contra, mas quando se trata de educação, se coloca de uma maneira bastante radical", afirmou o presidente da entidade, José Ricardo Diniz.

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