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A menos de um mês do final do ano, 15 cidades de Pernambuco ainda mantêm escolas municipais fechadas devido à covid-19

Segundo levantamento da Secretaria Estadual de Educação, 15 redes municipais estão apenas com aulas remotas

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Margarida Azevedo

Publicado em 09/12/2021 às 19:32 | Atualizado em 09/12/2021 às 19:36
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A menos de um mês para acabar o ano, 15 cidades pernambucanas não reabriram suas escolas municipais para o ensino presencial, segundo levantamento da Secretaria Estadual de Educação realizado no final de novembro. Desde abril que todas as 184 redes municipais do Estado estão autorizadas pelo governo de Pernambuco a voltarem a ter aulas presenciais, mas a maioria optou por só retomar no segundo semestre e no formato híbrido (presencial e remoto).

Devido à pandemia de covid-19, todos os colégios, públicos e privados, foram obrigados a fechar em março do ano passado, adotando, então, o modelo remoto. Significa que as crianças e adolescentes dessas 15 cidades ficarão praticamente dois anos longe do convívio presencial diário com os colegas e professores.

Dos 14 municípios da Região Metropolitana, apenas Paulista decidiu não receber os estudantes presencialmente este ano. Nessa mesma situação estão, na Zona da Mata, as cidades de Pombos, Barreiros e Itaquitinga.

No Agreste as atividades exclusivamente remotas continuam nas escolas municipais de Bom Jardim, João Alfredo, Jurema, Orobó e São Caitano. Do Sertão, ainda permanecem nesse formato Araripina, Belém de São Francisco, Floresta, Inajá, Jatobá e Salgueiro.

Além de permitir as aulas presenciais, o governo de Pernambuco autorizou, desde 16 de novembro, o fim do distanciamento mínimo nas salas de aula. Com isso, as unidades de ensino ficaram liberadas para acabar com rodízios de turmas, uma vez que podem funcionar com a capacidade que tinham antes das restrições provocadas pelo novo coronavírus.

SEM ESTRUTURA

Em Paulista, no Grande Recife, a secretária municipal de Educação, Jaqueline Moreira, justifica a não reabertura ainda dos 58 colégios municipais à precária infraestrutura em que estavam. "Somos uma gestão nova e recebemos a maioria das escolas sucateadas. Diante da covid-19, não havia condições de receber os alunos com segurança. Por isso mantivemos as atividades remotas", explica. "Tivemos que organizar a rede, investir na melhoria física das unidades", informa.

Segundo ela, os 20.400 estudantes da rede contam com o projeto Escola em Casa para ter o ensino remoto. Uma das ações é a transmissão de aulas pela televisão, no canal da TV Nova. Outras são a distribuição de material impresso e aulas por meio de uma plataforma digital. Também houve a distribuição de kits de material escolar e livros.

"A preocupação com o aprendizado sempre existe. Mas avaliamos que primeiro teria que haver a garantia de que as escolas estavam em boas condições para receber alunos e professores sem correrem riscos. Vamos retomar as aulas presenciais em 7 de fevereiro, quando começa o ano letivo de 2022, com as escolas recuperadas", informa. A rede tem cerca de 1.300 docentes.

BRASIL

No País, a sexta onda de uma pesquisa realizada pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Itaú Social e divulgada essa semana revela que nas séries iniciais do ensino fundamental, 52,7% das redes municipais estão adotando aulas combinadas (presencial e remota), 34,6% estão totalmente presencial e 12,7% apenas remoto. Nos anos finais dessa etapa são 53%, 33% e 14%, respectivamente.

Os dados se referem a unidades da zona urbana. O estudo ouviu 2.851 municípios brasileiros (51%), o que representa quase 12 milhões de estudantes atendidos pelas redes municipais.

Já nas redes estaduais, um outro levantamento feito pelo Instituto Articule mostra que dos 26 Estados e o Distrito Federal, sete ainda não têm previsão para o retorno da totalidade de seus estudantes às aulas presenciais (Acre, Amapá, Amazonas, Paraíba, Roraima, Rio Grande do Norte e Tocantins).

Em outros nove, a volta é liberada desde que sigam regras sanitárias (Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Rondônia e Santa Catarina. Em 11 o retorno total pode ocorrer sem restrições (Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe).

 

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