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Por Mirella Araújo e equipe
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

MINISTRO DA EDUCAÇÃO: veja quem pode ser o ministro da Educação no governo Lula

Lula foi eleito no segundo turno das eleições de 2022 com 50,9% dos votos

Cadastrado por

Caio Ferreira

Publicado em 31/10/2022 às 16:34 | Atualizado em 31/10/2022 às 16:34
Lula foi eleito para seu terceiro mandato como Presidente da República - NELSON ALMEIDA / AFP

Com Estadão Conteúdo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 77 anos, foi eleito presidente da República do Brasil pela terceira vez, neste domingo (30).

Lula derrotou nas urnas, pela margem mais apertada de votos desde a redemocratização, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Esta foi a primeira vez que um presidente não conseguiu se reeleger.

Com 100% das urnas apuradas, o petista obteve 60.345.999 votos (50,9% do total), ante os 58.206.354  votos recebidos pelo candidato à reeleição (49,1% do total). A chapa eleita - que tem como vice o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB), de 69 anos - vai assumir no dia 1º de janeiro de 2023.

EDUCAÇÃO: QUEM SERÁ O MINISTRO DA EDUCAÇÃO DO GOVERNO LULA?

Um dos pontos mais comentados nas redes sociais após a vitória de Lula é a equipe ministerial de seu terceiro mandato.

Muitos eleitores pedem a volta do ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) à pasta.

Haddad foi ministro da Educação em parte do primeiro e em todo o segundo mandato de Lula, além de também ter exercido o cargo por um ano no primeiro mandato de Dilma Rousseff, quando saiu para concorrer à prefeitura de São Paulo.

Segundo apuração do UOL, Haddad confidenciou a pessoas próximas que não tem interesse em ocupar novamente o cargo de ministro da Educação. No PT há quem acredite que ele tenha perfil para o Ministério da Economia pelo fato de possuir mestrado na área. O nome de Haddad também é cogitado para a Casa Civil.

Haddad em ato de campanha com Lula nas eleições 2022 - MIGUEL SCHINCARIOL / AFP

Outro nome cotado para assumir o Ministério da Educação é o da senadora Simone Tebet (MBD), que foi a 3ª mais votada para a presidência no primeiro turno e apoiou Lula no segundo turno. Ela também é pode assumir o Ministério da Agricultura.

Tebet apoiou Lula no segundo turno - RICARDO STUCKERT

Tebet não condicionou a cargos o seu apoio a Lula no segundo turno, mas pediu ao então candidato que, se fosse eleito, ele adotasse algumas de suas propostas na área social e de educação, como a criação de uma poupança no valor de R$ 5 mil para jovens que concluírem o ensino médio.

No governo Bolsonaro, o atual ministro da Educação é Victor Godoy Veiga (em exercício desde março/22). Antes, a pasta foi ocupada por Ricardo Vélez (Jan-Abr/19), Abraham Weintraub (abr/19-jun/20) e Milton Ribeiro (jul/20-mar/22). 

Até o momento, Lula não confirmou nenhum nome de futuro ministro.

A vitória de Lula nas eleições 2022

A vitória de Lula se deu em um cenário de forte divisão política da sociedade e representou uma significativa recuperação pessoal: "Vou governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis, somos apenas um único povo, uma nação", afirmou o petista após o resultado, prometendo trabalhar para "restabelecer a paz entre as famílias".

Cercado pelos aliados, Lula prometeu, em seu primeiro discurso após a vitória,  "enfrentar sem tréguas o racismo e a discriminação". O "compromisso mais urgente", disse Lula, é acabar com a fome. Ele também falou que irá trabalhar para recuperar a credibilidade e estimular a entrada de investimentos estrangeiros no País.

"Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário (...) Este será, novamente, o compromisso número 1 do nosso governo", disse o presidente eleito.

Lula também falou sobre a agenda climática, uma preocupação entre líderes estrangeiros, e disse que irá lutar pelo "desmatamento zero da Amazônia". "O Brasil e o planeta precisam de uma Amazônia viva", afirmou, prometendo combater toda atividade ilegal e promover o desenvolvimento sustentável.

Lula disse que considera ter vivido "um processo de ressurreição na política brasileira". O ex-presidente e agora presidente eleito passou um ano e sete meses preso após ser condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá (SP). O líder máximo do PT deixou a cela especial da Polícia Federal em Curitiba em novembro de 2019. Em abril do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou as condenações impostas a ele pela operação, permitindo que disputasse a eleição deste ano.

Nos próximos 60 dias, o Brasil terá o desafio de fazer uma transição sem traumas, com foco único e absoluto no interesse nacional. A travessia governamental está regulamentada pela Lei 10.609 de 2002 e permite que o novo presidente convoque uma equipe de até 50 pessoas para a ocupação de cargos especiais nesse período.

A Lula caberá a significativa tarefa de conduzir o País a um processo de pacificação e retomada do desenvolvimento social e econômico. O Brasil que será herdado pelo ex-presidente tem características muito distintas das de quando ele assumiu há 20 anos, após vencer a disputa de 2002.

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