O ministro da Educação, Camilo Santana, deverá comparecer a uma audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (22), às 9h30. A reunião será promovida pelas comissões de Educação; Agricultura, Pecurária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Fiscalização Financeira e Controle.
A reunião atende a 14 requerimentos apresentados por diversos parlamentares - as informações são da Agência Câmara de Notícias.Entre os temas que deverão constar na pauta está a última aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, as escolas cívico-militares e os cortes nas verbas da Capes.
Os deputados Zucco (Republicanos-RS), Capitão Alberto Neto (PL-AM) e Evair Vieira de Melo (PP-ES) querem esclarecimentos sobre a última prova do Enem, por considerarem que houve politização das provas e discriminação do setor agropecuário.
O primeiro dia do exame nacional, no dia 5 de novembro, trouxe 90 questões de múltipla escolha de provas de linguagens, ciências humanas, além da redação. Accontece que a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) solicitou a anulação de questões que trouxeram fatores negativos ao setor.
Evair Vieira de Melo também apresentou requerimentos sobre a limitação de novos cursos de Medicina apenas onde faltam médicos, a suspenção por 60 dias a implementação do novo ensino médio, a inclusão do MST na Comissão Nacional de Educação do Campo e a criação de curso de medicina exclusivo para assentados do MST em universidade federal.
Já os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) questionam bloqueios e cortes no orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão responsável pelos cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado.
O deputado Junio Amaral (PL-MG) quer informações sobre o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares e as políticas de alfabetização.
Presidente do Inep prestou esclarecimentos sobre o Enem2023
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, esteve na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, no dia 8 de novembro, logo após a aplicação da primeira etapa do Enem.
Na ocasião, ele rebateu as falas dos parlamentares da oposição que afirmaram que a prova teve viés ideológico, contrário ao agronegócio e ao capitalismo. Palácios lembrou que os itens da prova são elaborados por professores da educação básica e universitários selecionados por meio de chamada pública. O edital que selecionou os elaboradores para o Enem 2023 foi feito em 2020, durante o governo Bolsonaro.
“Nós estamos falando de professores que foram selecionados em 2020 e que estão exercendo essa atividade até hoje. Se há algum tipo de seleção enviesada, ela vem sendo enviesada há muito tempo", disse o presidente do Inep. "Na verdade, não há nada além da seleção pública de profissionais da educação por meio de critérios objetivos de currículo”, reforçou. As informações são da Agência Câmara de Notícias.