REDE MUNICIPAL

Em Olinda, professores cobram aplicação do piso do magistério e denunciam subcondições de trabalho

A Secretaria de Educação de Olinda, a secretaria executiva de Gestão de Pessoas e a Procuradoria Geral do Município, se reuniram com a categoria para tratar da pauta de reinvindicações

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Mirella Araújo

Publicado em 28/03/2024 às 10:06 | Atualizado em 28/03/2024 às 10:09
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O Sindicato dos Professores Municipais de Olinda (Sinpmol) realizou, nessa quarta-feira (27), uma Assembleia Geral Extraordinária para cobrar da prefeitura a aplicação do piso salarial do magistério. Os docentes também protestaram contra as subcondições de trabalho na rede municipal e os desvios de função. 

"Falta respeito aos professores, segurança para os alunos e o mínimo de estrutura para todos. Este momento é particularmente crítico, pois coincide com a recepção do título de 'Cidade Educadora' por parte do município, que parece mascarar a realidade nas escolas", afirmou o Sinpmol.

Os professores afirmam que além da ausência de reajuste no salário, a categoria precisa enfrentar desafio diários nas escolas, com salas de aula precárias e falta de materiais adequados para os alunos. Eles também reforçaram que as crianças atípicas estão sem o acompanhamento necessário, do qual têm direito garantido por lei. 

 

 

MESA DE NEGOCIAÇÃO

A Secretaria de Educação de Olinda, a secretaria executiva de Gestão de Pessoas e a Procuradoria Geral do Município, se reuniram com a categoria para tratar da pauta de reinvindicações. Por nota, a pasta afirmou que "nos últimos dois anos, a Gestão Municipal reforçou seu compromisso com a educação e seus profissionais, com reajustes acima do percentual estipulado pelo Governo Federal. Em 2022, o aumento foi de 34% e no ano passado, 15%". 

O comunicado destacou ainda que a Prefeitura de Olinda concluiu o concurso público para professores ao dar posse aos últimos aprovados no dia 5 de janeiro - no total, foram 230 vagas. "Além disso, a atual gestão implantou o modelo integral em sete unidades do município, formato que não existia em Olinda até 2017", concluiu a nota. 

Após a reunião, o presidente do Sinpmol, José Ronaldo, explicou que quatro pontos avançaram na mesa de negociação. "Garantimos a aplicação do reajuste do piso de 3,62% para toda a carreira e com paridade para aposentados. Garantimos o enquadramento dos novos concursados para setembro e garantimos a migração dos professores de 150 h/a para 188 h/a e ainda conseguimos deixar aberta a mudança de faixa dos professores efetivos para diálogo em abril. Tudo foi aprovado por unanimidade com a categoria", disse Ronaldo. 

O dirigente afirmou ainda que na próxima segunda-feira (1º), a categoria vai acompanhar a chegada do projeto de lei com estas resoluções na Câmara de Vereadores, conforme indicado pela Prefeitura de Olinda. 

"A nossa pauta de reivindicações sobre trabalho e estrutura das escolas retornará à mesa de diálogo a partir da semana que vem. A luta foi concluída, por agora, do ponto de vista financeiro, mas ela continua do ponto de vista de condições de trabalho. O Sinpmol luta pelos direitos dos professores da rede de Olinda o ano inteiro, em todas as áreas", declarou José Ronaldo


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