A organização não governamental (ONG) Giral, sediada no município de Glória do Goitá, na Zona da Mata Norte do Estado, realiza nesta terça-feira (14), o VI Seminário Educação para Proteger – Conexão com Proteção na Era Digital. Diante dos recorrentes denuncias de casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na região, o presidente da instituição, Leonildo Moura, constituiu um grupo multidisciplinar para atuar na prevenção e combate a estes crimes.
“O nosso objetivo é promover uma profunda reflexão sobre ações efetivas contra o crime de exploração sexual na era digital, promovendo orientações sobre os riscos da liberdade não vigiada das crianças e adolescentes na Internet”, destacou Leonildo Mouro.
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O seminário, que é gratuito e aberto ao público, acontecerá a partir das 9h, no auditório da Giral, no Bairro Santa Felicidade, em Glória do Goitá. O público-alvo são profissionais que atuam com crianças e adolescentes, além da equipe de educadores, assistentes sociais, voluntários, diretores e professores de escolas parceiras.
A expectativa é reunir também profissionais que atuam com políticas públicas de pelo menos 11 cidades da Zona da Mata Norte e Agreste do Estado. O evento é desenvolvido em parceria com a Rede de Enfrentamento à violência Sexual Cintra Crianças e Adolescentes de Pernambuco, com o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA/PE) e o Conselho Municipal de dos Direitos da Criança e do Adolescente de Glória do Goitá.
RECORDE EM 2023
De acordo com os dados da organização não governamental (ONG) Safernet, divulgados em fevereiro deste ano, denúncias da presença de imagens de abuso e exploração sexual infantil na Internet bateu recorde em 2023, num comparativo com o ano de 2022. O resultado é o maior da série histórica iniciada em 2006. Foram registradas 71.867 queixas no ano passado, número 28% superior ao recorde anterior. Em relação a 2022, houve alta de 77,1%.
A ONG Giral criou uma cartilha com principais dicas de educação digital, alertando sobre os cuidados com os acessos a fotos de partes íntimas do corpo das crianças e adolescentes; os chats de conversar com pessoas desconhecidas; encontros marcados por aplicativos de amizades e namoros virtuais.
A cartilha estabelece também regras aos pais e comunidade escolar, inclusive incentivando denúncias através do Disque 100, nos Conselhos Municipais Tutelares, Ministério Público, Delegacias de Polícia Civil, e outros órgãos de segurança pública.