Ticket de Embarque: 283 estudantes do Embarque Digital são contemplados com bolsas de auxílio permanência
Iniciativa do Porto Digital em parceria com o Banco do Nordeste oferece bolsa de R$ 260 mensais por até 12 meses, além de formação complementar
A fase 2 do Ticket de Embarque, iniciativa do Porto Digital financiada pelo Banco do Nordeste (BNB), vai contemplar 283 estudantes do programa Embarque Digital com bolsas de permanência para incentivar a conclusão da residência profissional tecnológica e combater a evasão escolar.
Os alunos foram escolhidos através de uma seleção, que tinha como critérios estar matriculado nos primeiros períodos acadêmicos das instituições parceiras e não exercer atividades remuneradas.
Nesta segunda-feira (4), às 9h, uma solenidade será realizada no Cinema do Porto para marcar o início da fase 2 da iniciativa. O evento tem as presenças confirmadas do prefeito do Recife, João Campos, do presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, e do presidente do BNB e ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara.
Lançado em 2021, o Embarque Digital é um programa da Prefeitura do Recife em parceria com o Porto Digital, que disponibiliza cursos voltados para alunos egressos da rede pública de ensino na área de tecnologia, com o intuito de melhorar a empregabilidade deles e impactar a economia do polo tecnológico.
De acordo com a superintendente de Inovação e Formação do Porto Digital, Marcela Valença, 80% dos estudantes do Embarque Digital têm renda familiar inferior a três salários mínimos. Assim, o Ticket de Embarque permite que os alunos mais vulneráveis do programa consigam participar com mais efetividade das atividades propostas para a formação profissional.
Além do valor em dinheiro, os estudantes contemplados pelo Ticket participam de atividades de formação técnica e comportamental ligadas à residência profissional, para que também desenvolvam competências como comunicação, resiliência, entre outras.
As atividades da residência profissional tecnológica acontecem no laboratório de inovação do Embarque Digital, localizado no terceiro andar do prédio do Porto Digital.
Conexão com mercado de trabalho
A residência é uma disciplina obrigatória prevista na matriz curricular das seis instituições vinculadas ao Porto Digital através do Embarque Digital.
A metodologia da disciplina é organizada em ciclos, e em cada um deles, o aluno aprende diversas competências, que incluem o processo de ideação, prototipação de aplicativo, de aplicação web, entre outros.
Além disso, os estudantes recebem orientações sobre como se portar em uma entrevista de emprego, organizar o LinkedIn e o currículo. As empresas também estão inseridas na residência profissional, através da oferta de desafios reais, para que os estudantes, em equipes (chamadas de squads), resolvam problemas.
Essas empresas acompanham de perto o desenvolvimento dos alunos, e dão a nota final da residência, contribuindo para a formação de futuros colaboradores.
"Isso tem feito com que o mercado se aproxime das instituições de ensino, as instituições de ensino se aproximem do mercado e os estudantes estejam mais conectados e sejam formados a partir do que o mercado necessita, o que aumenta sobremaneira o índice de empregabilidade desses estudantes do Embarque Digital", explica Marcela Valença.
Dados do Porto Digital apontam que o índice de empregabilidade dos alunos egressos é de mais de 69%, e o percentual de evasão do Embarque Digital é o menor de todos na área de Tecnologia. Entre os alunos, há diversas mulheres e pessoas pretas e pardas, o que, ainda de acordo com o Porto Digital, supera o quadro geral observado na área de Tecnologia.
Novas vagas e previsão para 2025
A previsão é que os próximos editais do Embarque Digital sejam publicados no primeiro semestre de 2025, com a disponibilização de 350 vagas. Para o segundo semestre, estão previstas mais 250 vagas.
"A cada semestre que passa, nós temos um número maior de estudantes, portanto, as empresas precisam participar cada vez mais, e as empresas têm se interessado pelo Embarque Digital e pelo acompanhamento desses estudantes, porque têm visto os resultados da melhor forma possível", destaca Marcela.
"Os alunos saem cada vez mais preparados e as empresas diminuem o tempo de formação deles, e conseguem adequar esses estudantes às necessidades que elas têm e à cultura da empresa", ressalta a superintendente de Inovação e Formação do Porto Digital.