A psicologia escolar como aliada na transição para o Ensino Médio
A psicologia escolar pode ajudar a lidar com ansiedades e competências sociais no período da transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio
A transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio é uma fase intensa e repleta de mudanças na vida dos adolescentes, que passam a lidar com novas responsabilidades acadêmicas, sociais e pessoais.
Diante desses desafios, a psicologia escolar desempenha um papel fundamental ao criar um ambiente acolhedor, onde os estudantes encontram o suporte necessário para desenvolver resiliência e habilidades socioemocionais.
Taciana Aguiar, psicóloga do Colégio Saber Viver, explicou mais sobre o papel da psicologia escolar neste período de transição.
A importância do apoio psicológico na transição
A entrada no Ensino Médio traz novas expectativas, responsabilidades e causa sentimentos diversos nos alunos, que estão encerrando um ciclo acadêmico e entrando em uma nova fase da vida.
Nesse contexto, a psicologia escolar oferece um suporte essencial, criando um ambiente acolhedor e orientador para ajudar os estudantes a enfrentarem essa fase com mais segurança e equilíbrio.
De acordo com Taciana, "durante essa fase de transição, os adolescentes vivenciam diversas mudanças emocionais e psicológicas, incluindo um aumento na autocrítica, inseguranças relacionadas ao futuro e à escolha profissional, além da pressão para um bom desempenho acadêmico. Também é um período em que buscam mais autonomia e enfrentam desafios em suas relações interpessoais".
"A escola pode apoiá-los oferecendo espaços de escuta e orientação e promovendo ações que desenvolvam habilidades socioemocionais que são fundamentais para lidar com os desafios desse período", complementou a psicóloga.
O papel da psicologia escolar
A psicologia escolar atua diretamente no desenvolvimento socioemocional dos alunos, promovendo atividades que incentivam a autorreflexão e o autoconhecimento.
"A psicologia escolar promove atividades que incentivam a autorreflexão e o autoconhecimento, ajudando os adolescentes a identificarem suas emoções e lidarem com os desafios de forma equilibrada. Além disso, trabalha no desenvolvimento de competências como resolução de conflitos, comunicação assertiva, tomada de decisões responsáveis e gestão do tempo, competências que impactam diretamente no desempenho acadêmico e nas relações interpessoais”, destaca a profissional.
Segundo Taciana, esse trabalho é essencial para que os adolescentes identifiquem e compreendam melhor suas emoções, ajudando-os a lidar com os desafios de forma equilibrada e saudável.
Sinais de alerta
Para a psicóloga, é essencial que a equipe pedagógica esteja atenta aos sinais de alerta que podem indicar dificuldades emocionais nos alunos durante a transição.
Ela aponta que "mudanças bruscas de comportamento, como isolamento, irritabilidade excessiva, queda no rendimento escolar ou desinteresse repentino pelas atividades acadêmicas e sociais, são indicadores importantes de que o aluno pode estar enfrentando desafios emocionais.”
Além desses sinais, Taciana ressalta que dificuldades de concentração, comportamentos de autodepreciação e queixas físicas, como dores de cabeça e de estômago, também podem ser indícios de que o estudante está sob pressão emocional.