Governo federal lança versão do programa Pé-de-meia voltada para universitários de licenciatura
A poupança vinculada e o incentivo financeiro do programa são estratégias do governo federal para atrair e reter talentos no magistério
O governo federal anunciou nesta terça-feira (14) uma nova versão do programa Pé-de-Meia, destinada a universitários matriculados em cursos de licenciatura.
A iniciativa busca incentivar a formação de professores e fortalecer a educação pública no país, integrando o programa "Mais Professores", uma política de valorização do magistério.
Apoio financeiro e incentivo à docência
Os participantes do Pé-de-Meia Licenciaturas receberão R$ 1.050 por mês durante todo o período regular do curso. Deste valor, R$ 700 serão liberados mensalmente para uso, enquanto os outros R$ 350 serão depositados em uma poupança vinculada.
O montante acumulado poderá ser sacado após o recém-formado começar a atuar na rede pública de ensino, dentro de um prazo de até cinco anos após a conclusão da graduação.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), essa estrutura visa não apenas apoiar os estudantes durante sua formação, mas também garantir uma reserva financeira como incentivo para que ingressem no magistério.
Inscrições e vagas
Nesta primeira etapa, o programa disponibilizará 12 mil vagas. Os interessados poderão se inscrever via Sistema de Seleção Unificada (Sisu), cuja próxima edição começa na sexta-feira (17). As vagas não preenchidas serão oferecidas em outras modalidades de acesso à educação superior, como Prouni e Fies.
Durante a cerimônia de lançamento no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Educação, Camilo Santana, destacaram a importância do programa.
"É uma medida que não apenas valoriza o futuro professor, mas investe diretamente na qualidade da educação básica brasileira", afirmou o ministro.
Histórico do Pé-de-Meia
Lançado no início de 2024, o programa Pé-de-Meia foi inicialmente voltado para estudantes de baixa renda do ensino médio. Ele oferece R$ 200 mensais durante o ano letivo e um bônus de R$ 1.000 ao final do período.
Além disso, incentiva a participação no Enem com um adicional de R$ 200. Com o novo formato voltado para licenciaturas, o governo expande sua estratégia de combate à evasão e valorização educacional.