Pernambuco registra queda de 70% em assaltos a ônibus em julho, indica SDS

Esse é um dos dados levantados pela Secretaria de Defesa Social do Estado sobre o mês anterior
JC
Publicado em 14/08/2020 às 9:45
A recomendação para evitar falar, inclusive, é embasada nessa lotação dos ônibus, metrôs e trens - que acontece até mesmo na França Foto: Bruno Campos


As investidas contra transportes coletivos caíram 70,97%, no mês passado em Pernambuco, ainda durante a pandemia do coronavírus. No total, julho teve 27 assaltos a ônibus, contra 93 no mesmo período de 2019. Com isso, no acumulado do ano, esse tipo de crime apresentou redução de 10,70%, em Pernambuco, caindo de 486, no ano passado, para 434, em 2020. Essa redução também é resultado da prisão de, até o momento, 82 pessoas envolvidas com esse tipo de investida. Esse é um dos dados levantados pela Secretaria de Defesa Social do Estado.

Roubos caem em Pernambuco pelo 35º mês seguido

Ao levar em consideração o mesmo período do ano anterior, os Crimes Violentos contra o Patrimônio completaram 35 meses consecutivos de queda em Pernambuco. Ao todo, foram 4.281 ocorrências do tipo registradas no Estado, no mês passado, o que representa uma redução de 37,36% em relação a julho de 2019, com 6.834 crimes do tipo. Iniciada em setembro de 2017, essa sequencia consecutiva de redução dos crimes contra o patrimônio é a maior do Pacto pela Vida e ajudou a evitar, segundo as estatísticas, mais de 63 mil roubos em solo pernambucano. No consolidado geral de 2020, Pernambuco soma 32.573 crimes contra o patrimônio, número 33,9% menor que os sete primeiros meses de 2019, quando foram notificados 49.279 ocorrências do tipo.

“Reduzir os roubos no Estado por 35 meses seguidos, e retroagir a patamares de 15 anos atrás, é bastante significativo para quem faz a segurança pública, mas principalmente para a população, mais protegida e se sentindo mais segura durante o trajeto para o trabalho, nas atividades cotidianas em vias públicas. Quando analisamos uma série tão extensa, de uma década e meia, estamos remetendo a uma época em que não havia smartphones e outros aparelhos que hoje são o grande objeto de roubos e furtos, e mesmo assim estamos com índices menores de crimes hoje", comenta o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.

Ele ainda argumenta que a pandemia não paralisa a violência, principalmente quanto a delitos relacionados ao narcotráfico. Muitos podem pensar que a pandemia paralisa a violência, mas os delitos relacionados ao narcotráfico não param. "Tanto que o mês passado prendemos 5.571 pessoas e atuamos em 824 ocorrências de repressão ao tráfico. Foi o recorde do ano e o dobro das estatísticas de produtividade referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, antes do isolamento social. É preciso haver ações substanciais de prevenção e repressão para termos paz social nas ruas”, diz.

Grande Recife lidera redução

No recorte por região, as cidades que compõem a RMR (exceto a capital) lideraram a retração de crimes contra o patrimônio no Estado, com uma queda de 36,29%. Ao todo, foram 1.378 ocorrências, no mês passado, contra 2.163 casos em julho de 2019. Em seguida, o Agreste (saindo de 1.224 casos, em 2019, para 796, em 2020) e a Zona da Mata (de 703 para 458), aparecem com redução de 34,97% e 34,85%, respectivamente. Por fim, vem o Sertão (de 278 para 247 crimes), com um recuo de 11,15%.

A Região Metropolitana (exceto a Capital) também lidera a retração das estatísticas quando analisadas as ocorrências dos sete primeiros meses de 2020. Com um total de 10.518 CVPs, entre janeiro e julho deste ano, contra 15.152 no mesmo período de 2019, os municípios da área apresentaram queda de 30,58% na criminalidade. Em seguida, aparecem a Zona da Mata (de 4.699 para 3.300), com redução de 29,77%; o Agreste (de 8.810 para 6.263), com recuo de 28,91%; e o Sertão (de 2.420 para 1.788) com decréscimo de 26,12%.

Recife registra menor número de roubos em julho desde 2005

Em julho de 2020, o Recife registrou 1.402 Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP). Esse é o menor número de queixas notificadas na capital pernambucana em um mês de julho desde o início da contabilidade desse tipo de delito no Estado, em 2005. Até então, o menor registro para esse mês havia sido em julho de 2012, com 1.628 ocorrências, seguida por julho de 2013, com 1.713 (confira toda a série histórica na tabela abaixo). Quando comparado com julho de 2019, que somou 2.466 ocorrências do tipo, essa retração no Recife chegou a 43,15%. Já na soma dos sete primeiros meses de 2020, a redução é de 41,18% na capital, caindo de 18.198 roubos registrados entre janeiro e julho de 2019 para 10.704, neste ano.

Diminuição no roubo de veículos

O total de queixas de roubo de veículos em julho deste ano diminuiu em mais de 468 ocorrências em relação ao ano passado. Os 1.209 casos retrocederam para 741 nesse comparativo, isto é, -38,71%. Quando se analisa o período de janeiro a julho em 2019 e 2020, essa modalidade criminosa recuou de 7.755 para 6.094 (-21,42%).

Retração no roubo de celulares

Os crimes contra o patrimônio que visavam subtrair telefones celulares regrediram 29,8% no mês passado. Comparando com julho de 2019, foram menos 751 celulares roubados, pois as queixas decaíram de 2.518 para 1.767. Na soma do ano, a variação foi de -29,4%, baixando de 19.330 para 13.649 aparelhos. Ao mesmo tempo, a recuperação de telefones móveis aumentou 20,6% entre janeiro e julho, subindo de 8.870 para 7.093. Desde que a SDS implantou o programa Alerta Celular, 30.852 aparelhos com registro de roubo acabaram apreendidos pelas forças de segurança pública.

As investidas consumadas contra agências bancárias, veículos de transporte de valores e caixas eletrônicos recuaram 29% nos sete primeiros meses de 2020. No ano passado, houve 17 casos, contra 12 este ano. Isoladamente, o mês passado manteve esse tipo de ocorrência estável, com 3 registros.

Produtividade das forças de segurança

 O trabalho integrado entre as Polícias Civil, Militar e Científica fez de julho o mês do ano com maior número de prisões em flagrante delito (5.170), cumprimento de mandado de prisões (401) e apreensões por ato infracional (663). Ainda no mês passado, as policias pernambucanas registraram o maior número de ocorrências por tráfico de entorpecentes (824). Além disso, ao todo, foram 605 armas apreendidas nos 31 dias de julho.

Números de julho desde 2005

JULHO DE 2020 – 1.402 CVPS
JULHO DE 2019 – 2.466
JULHO DE 2018 – 2.709
JULHO DE 2017 – 3.809
JULHO DE 2016 – 3.479
JULHO DE 2015 – 3.087
JULHO DE 2014 – 2.060
JULHO DE 2013 – 1.713
JULHO DE 2012 – 1.628
JULHO DE 2011 – 2.296
JULHO DE 2010 – 1.952
JULHO DE 2009 – 2.468
JULHO DE 2008 – 2.631
JULHO DE 2007 – 3.067
JULHO DE 2006 – 2.757
JULHO DE 2005 – 2.498

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