Formação das chapas

Lula recomendou a Teresa Leitão trabalhar para construir consenso no PT sobre a vaga do Senado

O que o ex-presidente não poderia dizer na entrevista foi revelado por fontes do blog, nesta quarta

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Jamildo Melo

Publicado em 09/02/2022 às 13:57 | Atualizado em 09/02/2022 às 14:37
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O ex-presidente Lula não poderia ter sido mais claro na entrevista concedida hoje a Rhaldney Santos, Paula Losada e Filipe Assis, na Rádio Clube, ao falar sobre a vaga do Senado na chapa majoritária da Frente Popular.

"Com o gesto de Humberto Costa de retirar a candidatura a governador, que enalteço e elogio, o PT espera reciprocidade do PSB. Paulo Câmara vai fazer falta no Senado, mas eu respeito a opção do partido. PT e PSB vão construir uma chapa com possibilidade de ganhar a eleição em PE, sem perder o respeito aos adversários", afirmou o presidenciável.

Com a indicação ao Senado garantida para o PT, o desafio do partido é alcançar consenso em torno de um único nome, concordam petistas de diversas correntes.

Ao fazer a saudação inicial aos ouvintes, Lula citou os principais atores envolvidos nessa costura: Humberto Costa, Marília Arraes, Carlos Veras, Teresa Leitão e Doriel Barros, presidente do PT-PE.

O que o ex-presidente não poderia dizer na entrevista foi revelado por fontes do blog.

Quando conversou reservadamente com Teresa, ontem em São Paulo, Lula recomendou a ela que se dedicasse a construir consenso no PT sobre o nome para o Senado, da mesma forma que já tinha pedido a Humberto, dias antes. O ex-presidente reconheceu que o partido precisa ser apaziguado, mas descartou a possibilidade de intervenção da direção nacional, garantem os petistas ouvidos.

"Cuidem do consenso porque a direção nacional não vai se meter. Gleise (Hoffmann, presidente nacional do PT) já prometeu isso a Humberto. Eu conto com você nessa tarefa", disse Lula a Teresa.

Peessebistas destacam a importância do PT na composição da chapa majoritária da Frente Popular, não só pela trajetória do partido como principalmente pela candidatura de Lula, e permanecem na expectativa de que o aliado resolva o que lhe compete resolver. Até porque, da parte do PSB, o candidato a governador já está definido e aguarda o anúncio do seu nome por Paulo Câmara.

Os outros partidos que integram a aliança também estão na expectativa da escolha petista, admitem os socialistas.

Nesta quarta, o entendimento dos políticos com ou sem mandato é que a entrevista de Lula, hoje, deve acelerar as costuras internas do PT, um partido caracterizado por conflitos internos e reconhecidamente trabalhoso quando se trata de chegar a consensos. Tem sido assim em outros estados, é assim em Pernambuco.

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