ELEIÇÕES 2022

Pesquisa eleitoral XP/Ipespe indica cenário mais confortável para Lula

A pesquisa eleitoral XP/Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (6), mostra Lula (PT) com vantagem de 13 pontos percentuais com relação a Jair Bolsonaro (PL)

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Augusto Tenório

Publicado em 06/05/2022 às 10:25 | Atualizado em 06/05/2022 às 11:03
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A pesquisa eleitoral XP/Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (6), mostra Lula (PT) com vantagem de 13 pontos percentuais com relação a Jair Bolsonaro (PL), que vem apresentando melhoras nos recentes levantamentos sobre a corrida pela Presidência da República.

Trata-se de um cenário mais confortável para o petista, que no levantamento divulgado pelo Paraná Pesquisas nesta semana apareceu com somente cinco pontos percentuais no primeiro turno.

Os números desta pesquisa mostram estabilidade dos dois pré-candidatos: Lula caiu um ponto percentual, dentro da margem de erro, ficando com 44% de intenção de voto, enquanto Jair Bolsonaro se manteve com 31%, mesmo número do último levantamento.

Também permaneceram estáveis: Ciro Gomes, do PDT (8%); João Doria, do PSDB (3%); e André Janones, do Avante (2%). Simone Tebet (MDB) oscilou de 2% para 1% e Felipe D'Ávila (Novo) teve 1%.

A pesquisa realizou mil entrevistas entre os dias 2 e 4 de maio. A margem de erro máximo estimada é de 3.2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%. 

Deslizes de Lula e crescimento de Bolsonaro preocupam aliados na véspera de lançamento da pré-campanha

Nas semanas anteriores ao lançamento oficial da sua pré-campanha, marcado para este sábado (7), Lula (PT) acumulou gafes e deslizes que já preocupam aliados, segundo The Intercept, Valor e Estadão. Aliados já tentam fazer o pré-candidato ficar mais atento com relação aos discursos.

O lançamento da pré-candidatura de Lula acontece num evento fechado, para 4 mil pessoas, a ser realizado em São Paulo. A ideia, segundo os bastidores, é que somente o petista e Geraldo Alckmin (PSB), seu vice, discursem.

Dessa forma, aliados já estariam preocupados em conter uma possível nova gafe ou deslize no discurso de sábado. O momento é delicado porque Jair Bolsonaro (PL) vem crescendo nas pesquisas eleitorais e a distância entre o petista e seu principal adversário diminuiu consideravelmente.

Avalia-se que, recentemente, Lula abriu espaço para críticas ao enveredar por questões mais ideológicas e comportamentais, tirando o foco da economia, desemprego e demais temas desconfortáveis para o atual presidente.

Nelson ALMEIDA / AFP
ESQUERDA Lula fez discurso em evento morno em São Paulo e pediu desculpas por gafe envolvendo policiais - Nelson ALMEIDA / AFP

Somente nas últimas semanas, contabilizam-se pelo menos quatro falas que geraram desgaste à imagem de Lula. No começo de abril, pediu que militantes fizessem pressão na casa dos parlamentares. No dia seguinte, falou sobre aborto, tema que abriu espaço para ataques do público bolsonarista.

O ex-presidente também chegou a dizer que o Brasil "está chato para cacete", reclamando do que chamou de 'politicamente correto'. A declaração, desta vez, gerou desgaste do pré-candidato entre a própria esquerda.

Lula também precisou pedir desculpa à classe policial recentemente. Isso porque, numa crítica à política armamentista promovida pelo Governo Bolsonaro, disse que o presidente "não gosta de gente, mas gosta é de policial".

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