Por Fernando Castilho do JC Negócios
Uma pesquisa da Elo Performance e Insights, consultoria da Elo criada com objetivo de ajudar emissores, credenciadores e varejistas a capturarem mais valor em seus negócios revela que a Covid-19 impactou fortemente na economia, inclusive, nos setores que estão sendo liberados para atuar no suporte às ações de saúde.
A análise foi feita com bases nas transações realizadas, comparando-se cada dia da semana com a média para o mesmo dia da semana no período entre 5 de janeiro e 22 de fevereiro de 2020, observou-se que os faturamentos de crédito e débito apresentaram quedas consideráveis. Principalmente nos últimos dias onde começaram as proibições de funcionamento por vários governadores.
A queda nas vendas com débito em conta e no cartão de crédito por exemplo, chegaram a 45%, no dia 22, considerando todos os setores. Apenas o setor de supermercado não teve perdas de vendas importantes (-1%) embora a tendencia seja de crescimento nas vendas por ser o único canal forte de venda de alimentos. E até mesmo o segmento de farmácias teve uma queda de 10% no último dia 22 de março. O setor de combustíveis teve quedas de 43%.
A pesquisa investigou os dois estados mais atingidos pela covid-10 e identificou que os estados de São Paulo e Rio de Janeiro seguiram o comportamento do Brasil como um todo para o débito em conta, com queda de 46% no consolidado. Nestas duas cidades até mesmo os supermercados tiveram perdas de até 3% nas vendas
Uma das surpresas do estudo da Elo Performance e Insights foi com relação ao uso do cartão de crédito. Assim como no débito em conta, o uso do cartão de crédito também sofreu forte queda de faturamento reduzindo em 50% indicando que o consumidor se resguardou no consumo. As compras com o cartão de crédito chegaram a cair nos supermercados (-7%) e as farmácias chegaram a cair 15%.
Segundo a Elo Performance e Insights, as maiores perdas formam nas lojas de Departamento s (-58%) Materiais de Construção (-60%) turismo e vestuário (-84%).
Entretanto, a maior surpresa foi no e-commerce. Apesar da expectativa de maior gasto em e-commerce devido ao distanciamento social, no geral o faturamento apresentou queda geral de 35% no período.
Mas no setor de restaurantes houve sim crescimento, chegando a 85% e confirmando as expectativas que o e-commerce poderia ser beneficiado com as pessoas ficando em casa. O segundo segmento mais beneficiado com a parada das atividades por força da covid-19 foi o de farmácias, que cresceu 17%.
A pesquisa da Elo Performance e Insights mostra que desde o último dia 19 de março a tendência é de queda em todas as atividades de uma forma geral com a redução das atividades.
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