Já se disse que a guerra é sempre um bom negócio para os vencedores. Não pelas indenizações que recebem dos perdedores, mas pelo que vendem para chegar à vitória. Vladimir Putin fez essa conta e pretende cobrar da Ucrânia e do resto do mundo que precisa de seu gás e de seu petróleo. Até porque, para o presidente russo, vidas humanas não importam.
- Aumento de 400 mil barris/dia é gesto simbólico da Opep, que produz 41.694 milhões de barris/dia de petróleo
- Energia cara e falta de foco deixaram Brasil dependente de fertilizantes de fornecedores estrangeiros
- No comando da economia, oligarcas russos gostam de ostentar com iates, apartamentos de luxo e obras de arte
Mas, grosso modo, pode-se dizer que, entre o dia 20 de dezembro e 1º de março, as petroleiras russas faturaram muito. Naquele dia, elas faturaram US$ 7,40 bilhões. Na terça-feira (1º), pelos mesmos 10.436 milhões de barris, as petroleiras russas receberam US$ 10,84 bilhões.
Isso quer dizer que a guerra é sempre um bom negócio para quem está vencendo. Dito de outra forma, a Rússia vem ganhando dinheiro com a guerra que ela mesmo provocou.
Nessa quarta-feira, a OPEP+ tomou a decisão de aumentar simbolicamente a produção. O gesto é importante, mas quando se observa o comportamento dos preços do petróleo, pode-se perceber que a Rússia ganhou muito dinheiro.
Isso se deve ao fato de que a Rússia produz muito petróleo. Assim, quando o preço sobe, os oligarcas russos ganham muito mais dinheiro.
No site da OPEP+ tem uma informação disponível que mostra o crescimento do preço do barril do petróleo entre 20 de dezembro de 2021 (U$ 70, 94) e o dia 1º de março (U$ 103,89).
Foi um crescimento extraordinário, inclusive para a Rússia, que segundo a OPEP+, produz 10.436 milhões de barris/dia. Imagine um negócio que em apenas 70 dias teve um aumento de 46,45%?
Uma das maiores empresas petrolíferas do mundo é a Rosneft. O governo russo é o maior acionista da empresa, com 75% das ações.
A Rosneft é dona da plataforma petrolífera Berkut, da jazida Arkutun-Dagui, no Extremo Oriente da Rússia, parte do projeto Sakhalin-1. De acordo com o porta-voz da maior petrolífera russa, Rosneft, o comprimento da plataforma é de 105 metros, enquanto a altura é de 144 metros.
Berkut é a maior plataforma de petróleo do mundo, e está localizada no Mar de Okhotsk. A estrutura foi especialmente construída para lidar com condições climáticas brutais.
A plataforma aguenta ondas de até 18 metros, uma pressão de até 2 metros de águas congeladas e até 44º Celsius negativos, além de terremotos de magnitude 9 na escala Richter. Embora existam outras plataformas de petróleo com estruturas mais profundas, ela possui a maior parte superior do mundo.
Depois dela vem a Gazprom, a maior do país e também a maior exportadora de gás natural do mundo, que pertence a Victor Aleikcievic Zubcov, primeiro-ministro da Rússia entre setembro de 2007 e maio de 2008, tendo sido nomeado pelo presidente Vladimir Putin.
A terceira é a Lukoil, a segunda maior empresa de petróleo da Rússia e o segundo maior produtor de petróleo, presidida por Vagit Yusufovich Alekperov, que não por acaso foi o primeiro vice-ministro da Indústria de Petróleo e Gás da URSS nos primeiros dois anos do governo de Putin.
O que se discute é se Putin, com esse círculo de oligarcas, não teria também uma grande fortuna. Vários jornais dizem que o presidente russo tem uma fortuna oculta que poderia fazer dele o homem mais rico do mundo.
O jornal inglês Daily Star afirmou que Putin teria quatro iates, 43 aviões, sete mil carros e 15 helicópteros. Entre os carros consta uma coleção de limusines à prova de balas (que teria custado R$ 961 milhões de reais).
Ele é apaixonado por relógios e teria uma coleção avaliada em R$ 3,4 milhões de reais. O jornal diz que Putin também tem iates, um deles batizado de Graceful, que teria custado R$ 500 milhões de reais.
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