Numa reunião ocorrida na tarde da ultima sexta-feira, na chamada Mesa de Abastecimento do Diesel(S-10) do Ministério das Minas e Energia, a Petrobras se comprometeu a importar um parte dos combustíveis distribuídos pelas grandes empresas do setor (Vibra, a antiga Petrobras -BR), Raízen-Shell e Ipiranga, de modo que elas compram seus contratos com outras empresas no Brasil e não falte para o público.
Com isso a, estatal garantiu ao Ministério das Minas e Energia que não haverá desabastecimento do diesel no período mais crítico de consumo (ultimo quadrimestre do ano) devendo ocupar parte do espaço que hoje é ocupado pelas grandes companhias de distribuição.
Para a reunião foram convidados não só a Petrobras, a Acelen (antiga Refinaria Mataripe na Bahia) mais as três grandes distribuidoras (que também são a maiores importadoras), a Abicom - que representa as importadoras regionais - e Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Bicombustíveis – Brasilcom.
A antiga refinaria Acelen, antiga Mataripe privatizada ano passado, a Brasilcom que representa postos e sindicatos de distribuidores e a Abicom, que representam as importadoras regionais informaram ao Governo que não vão importar até o final de 2022.
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No balanço trimestral de março, a Petrobras informou que atualmente a sua produção de 2,211 milhões de barris/dia que ela produz no Brasil, 1,740 milhões de barris/dia estão sendo consumidas no mercado interno.
A empresa processa 1,852 milhões de barris/dia e exporta apenas óleo combustível e bunker que é o combustível usado por navios. As exportações da estatal são de 575 milhões de barris de petróleo/dia.
Com isso, o abastecimento de diesel está nas mãos da Petrobras e parte nas grandes reunidas no Institutos Brasileiros do Petróleo – IBP. Os volumes ainda serão informados pela Petrobras.
O ministério das Minas e Energia exigiu que as grandes empresas privadas participassem das importações, mesmo com a defasagem dos preços, enquanto a Petrobras também fará importações para atender 100%.
A Petrobras produz 65% do que o mercado consome de diesel no Brasil e o resto vem de outros países. O que ainda não está claro é que dos 35% restantes o que será importado pelas empresas privadas e que representam 43% dos postos e a Petrobras.
A pressão da Raízen-Shell, Vibra e Ipiranga tem aderência pelo fato de elas serem as responsáveis pelo óleo diesel adquirido diretamente pelas grandes transportadoras.
São as empresas de transporte de passageiros, ferrovias, empresas de frotas próprias e grande companhias se prestação de serviços de cargas além de montadoras de veículos. A soma desses contratos foi conseguida ao longo de anos em compras de atacado com preços diferenciados.
Hoje, a distribuição por setor revela que no Brasil, existem hoje perto de 43 mil postos onde a BR tem 18%, a Ipiranga 14% e a Raísen 12%. Outros 44% são das redes Bandeira Branca e os 12% de pequenas redes estaduais.
Na reunião com o Governo a Abicom, que reúne as distribuidoras regionais disse que não vai importar devido a defasagem do preços do mercado interno em relação ao mer5cado internacional.
A Brasilcom que representa os postos e sindicatos também disse que não vai importar porque a Petrobras informou que assegura o abastecimento para os postos e a antiga refinaria da Bahia hoje privatizada também disse informou que não planos para importar nada salvo para o cumprimento de contratos se sua produção não atender 100 de suas necessidades .
Dessa forma e com a Petrobras refinando 65% do mercado interno haverá a necessidade de atender os 35% do mercado no último quadrimestre do ano.
Com esse cenário, a Petrobras informou que informou que vai aumentar sua produção e vai importar e o que for necessário para o que for importado pelas empresas privadas impeça o risco de desabastecimento.
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