A Petrobras está informa que estendeu os prazos para participação nos processos de venda da Refinaria Abreu e Lima (RNEST-PE), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR-PR), e Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP-RS), no Rio Grande do Sul, bem como os ativos logísticos integrados a essas refinarias.
Potenciais compradores terão até 29 de julho de 2022 para manifestar interesse em participar dos processos de venda, devendo assinar o Acordo de Confidencialidade e a Declaração de Conformidade até 12 de agosto de 2022.
É uma forma discreta de dizer que até agora simplesmente não apareceu interessados. Não é a primeira vez que isso acontece.
Ano passado, a companhia também precisou estender os prazos para possíveis interessados por falta de interessados.
Segundo a companhia os teasers, que contêm as principais informações sobre os ativos e os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes, com as novas datas estão disponíveis no website da Petrobras: https://www.petrobras.com.br/ri.
Desde 2019 que ela tenta se desfazer dessas três plantas, mas nunca conseguiu. Ano passado, quando encerrou o processo, anunciou que estava investindo R$ 5 bilhões para concluir a Refinaria Abreu e Lima em Suape, para depois tentar vendê-la.
O problema é que até agora, ela só conseguiu vender a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e a Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR) e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX).
Após uma tentativa de venda frustrada, a Petrobras recuou, por ora, no processo de venda do seu ativo de refino em Pernambuco. A Refinaria Abreu e Lima (Rnest) foi incluída no plano de investimentos Estratégicos da companhia entre 2022-2026. Segundo comunicado da estatal, serão investidos mais de R$ 5 bilhões (US$ 1 bilhão) para conclusão do segundo trem da refinaria, que mesmo ainda inacabada já foi reconhecida como a mais cara do mundo e esteve no alvo das ações da Operação Lava Jato.
A Refinaria Abreu e Lima está em operação há sete anos, e é a mais moderna do País. última unidade de refino entregue pela Petrobras, a Rnest teve custo de US$18,5 bilhões, segundo a Petrobras. O montante, no entanto, foi apontado na operação lava Jato com um sobrepreço de 566% em função do pagamento de propinas.
O custo, embora a unidade até hoje só atue com a produção de 130 mil barris por dia (1º trem), colocou o empreendimento como o mais caro do tipo no mundo, mesmo com uma performance que corresponde a 5% da capacidade total de refino de petróleo do País.
Atualmente, a Rnest produz diesel com baixo teor de enxofre (69% da produção), nafta, óleo combustível, coque e gás liquefeito de petróleo (GLP) e a gasolina A.
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