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Campanha de 2022 exigirá de candidatos estratégia para posicionar Pernambuco no Nordeste em 2030

Estudo da FGV Social diz que Pernambuco, com 8,14% de taxa de crescimento da pobreza, registrou quase o dobro do Brasil; bem mais do que a Bahia (4,90%) e duas vezes e meia a do Ceará (3,785).

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Fernando Castilho

Publicado em 17/07/2022 às 12:20 | Atualizado em 17/07/2022 às 14:00
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Vários estudos abordando a economia de Pernambuco traçam o perfil de um estado cuja economia busca se aproximar da Bahia - que tem o maior PIB do Nordeste - e se distanciar do Ceará - que vem em terceiro lugar.

É bem verdade que, durante a pandemia, o Recife foi a capital onde houve o maior salto em direção à pobreza, crescendo 11,34% entre 2019 e 2021.

O recente estudo da FGV Social diz que Pernambuco, com 8,14% de taxa de crescimento da pobreza, registrou quase o dobro do Brasil; bem mais do que a Bahia (4,90%) e duas vezes e meia a do Ceará (3,785).

Esses números devem estar na cabeça dos candidatos a governador. Essa realidade nos impõe a necessidade de um debate que passa longe das belas peças publicitárias que emocionam, mas não abordam questões centrais.

Campanhas eleitorais são feitas de emoção e de construção de narrativas.

Mas elas não livram os postulantes de mergulhar no dia seguinte à apuração dos votos.

Essa é uma tarefa que independe do discurso, mas exige honestidade intelectual de quem se propões a governar o Estado.

Esse é um Estado gerido por servidores há quase duas décadas. Eles foram capazes de nos manter vivos e até de reorganizar nossas contas públicas.

Mas o desafio de 2023 vai exigir mais do novo comando, a partir da pergunta: onde Pernambuco quer estar em 2030? Bahia e Ceará sabem e o objetivo está cristalizado nos seus grandes projetos.

Portanto, quem quer ser governador deve saber que não terá lugar para quem não pensa estrategicamente. Sob pena de o Mapa da Fome virar marca de governador medíocre.

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