Na entrevista que concedeu na manhã desta segunda-feira, a primeira ao Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, a governadores eleita de Pernambuco, Raquel Lyra revelou preocupação com ao menos três setores de serviços prestados na ponte e sobre o qual afirmou que terá uma atenção especial de sua parte.
A redução do IPVA e eliminação do imposto para quem usa a moto como transporte e prestação de serviços; um reposicionamento na atuação da Compesa para que seja percebida como uma companhia que entrega o fornecimento de águas à população e um melhor gerenciamento dos serviços médicos prestados pela secretaria de Saúde com a adoção de sistemas mais eficientes de gestão das marcações de exames de consultas de modo a redução e eliminação das filas virtuais e presenciais.
Lyra falou aos jornalistas Wagner Gomes da Super Manhã; Igor Maciel, da Coluna Cena Política e Jamildo Melo titular do Blog de Jamildo quando disse que um dos objetivos de sua gestão é fazer com que os serviços que o estado presta sejam percebidos como eficientes e que a população possa se senti atendida por eles.
Segundo a governadora eleita, quando o estado decide reduzir o IPVA oU mesmo reduzi-lo, no caso das motos, isso terá quer vir ancorado numa grande ação de conscientização e treinamento dos donos de motos para que eles não acabem como hoje ocupando todos os leitos nos hospitais de trauma.
Ela disse que sabe dos custos que cada acidente de moto provoca no Estado e disse que essa despesa precisa ser reduzida. "Não faz sentido dar isenção de IPVA de moto e deixar aos usuários sem treinamento de direção defensiva", disse Lyra.
Segundo ela, mais da metade dos leitos ocupados nos hospitais de trauma da rede pública de saúde do Estado estão com pacientes vitimas de acidentes de moto. A governadora eleita admitiu que pode conceder liberação integral dos impostos para motos. Mas advertiu que isso tem que fazer parte de uma ação para reduzir a conta dos hospitais de trauma.
Ela também abordou a questão da entrega de água tratada da Compesa e disse que a empresa precisa ser mais eficiente na ponta.
Eu não vou privatizar a Compesa. Ela é uma estatal que funciona, mas sua entrega da ponta não é percebida pela população, que só sente a dificuldade de ser cobrada no fim do mês sem que a água chegue regularmente.
A Compesa vai continuar sendo estatal e vamos ampliar as PPPs para concessão de serviços. A empresa não pode apenas apresentar bons números da operação no seu balanço, e a população receber apenas a conta. Ela reconheceu que a empresa não consegue passar uma imagem de eficiência aos usuários e disse que vai mudar o modelo de gestão especialmente das entregas na ponta.
Acho que devemos ampliar nossas PPS e no caso da PPP da Região Metropolitana do Recife antecipar sua conclusão. Sabemos que a companhia mudou de 2025 para 2024 a conclusão da PPP por falta de recursos do Estado, mas pretendemos discutir a volta ao cronograma de conclusão inicial.
Ela ainda falou sobre a questão dos hospitais lembrando que o Estado tem a maior despesa regional com os custos de saúde exatamente por ter a maior rede de hospitais do Nordeste, mas que isso se tornou um problema porque o Estado não consegue ter uma melhroi gerenciamento desses serviços.
Para mim, não faz sentido que Pernambuco gaste o que gasta com saúde e não preste um bom serviço que seja percebido pela população. Isso se deve ao fato de adotarmos processos burocráticos antigos e não nos beneficiarmos da tecnologia existente no Porto Digital e que podemos agregar nos hospitais públicos do Estado, afirmou agovernadora eleita.
De certa forma temos uma situação bem contraditória. Temos a maior rede de hospitais e serviços de saúde especializada e a população se queixa de coisas simples nas unidades de atenção básica. Temos fila de cirurgias cujo prazo de realização está previsto para daqui anos. Então o Estado que gasta muito não consegue ser minimamente eficiente na ponta porque gerencia muito mal seus processos, disse a governadora eleita à Radio Jornal.