Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
castilho@jc.com.br
Coluna JC Negócios

Sem maioria no Congresso, governo Lula vai transformando a gambiarra em método de gestão

Fernando Haddad que levou a sério demais a recomendação do presidente de arrecadar mais para que o governo arrecade mais.

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Fernando Castilho

Publicado em 11/05/2024 às 0:05
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante cerimônia de lançamento do programa "Acredita" - Sergio Lima

Numa de suas falas sobre a capacidade de negociação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou recentemente que é difícil fazer política quando não se tem maioria no Congresso. E recomendou a seus ministros conversar mais com o Congresso. “E disse que é importante vocês terem clareza que a política é a arte que permite a gente conviver na adiversidade com as pessoas com quem a gente tem divergência.”

A recomendação de Lula fazia sentido num momento em que o Governo estava num embate com o Congresso em função de uma série de medidas agressivas do ministro Fernando Haddad que levou a sério demais a recomendação do presidente de arrecadar mais para que o governo arrecade mais.

Como se sabe, Haddad conseguira em quatro meses, arranjar dois graves problemas relacionados a setores importantes como geradores de emprego ao mudar leis negociadas e em vigor como foi o caso do Perse e a desoneração de 17 setores que geram nove milhões de emprego e que o ministro deseja reonerar.

Virada de mesa

O problema do ministro foi que ele entrou em campo para mudar as regras porque seu time estava perdendo. Ele queria parar o Perse e suspender a desoneração. Foram necessários quatro meses de estresse para que no caso do Perse fosse aceito um ajuste sobre o número de empresas que continuaram beneficiadas com o não pagamento de impostos e contribuições federais.

Já no caso das desonerações levadas ao STF foi necessário alguém perguntar ao ministro se o governo Lula estava mesmo disposto a pagar o custo político de uma demissão em série já a partir deste mês quando as empresas deveriam voltar a pagar a previdência pela folha de pessoal recolhendo 20% sobre os salários pagos como contribuição patronal?

Abrindo por medo

Obviamente não estava disposto a bancar essa conta e em apenas 48 horas o ministro concordou em deixar tudo como está e iniciar uma conversa para que a partir de 2025 a desoneração seja retirada gradativamente. As empresas respiraram aliviadas e não precisaram mudar o cálculo do recolhimento ao INSS no próximo dia 20.

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas embora se diga que isso é política, na verdade o Brasil está se acostumando em adotar a gambiarra como método. No caso do Perse se mudou uma legislação que tem prazo de validade de cinco anos. As empresas fizeram contratos e renegociaram dívidas para pagar em 60 meses.

Esquecendo custos

No caso da desoneração havia toda uma construção de custos em cima de uma realidade que durava desde 2012 e que não sendo renovada gerou toda uma instabilidade e insegurança jurídica que desorganizou todo o planejamento das empresas.

Esses são apenas os mais notórios exemplos de um método de gestão que a cada dia surpreende as empresas. Pode-se argumentar que no final tudo se resolveu com a política. Mas não é bem assim. Resolveu-se temendo que a proposta do Executivo levasse a problemas práticos como o desemprego e ações no Judiciário. Institucionalizamos a gambiarra como método de negociação política.

Elas e o híbrido

Pesquisa do IWG, International Workplace Group analisando o comportamento da mulher no trabalho híbrido revela que 67% afirmaram que a modalidade ajudou a nivelar oportunidades para a progressão na carreira; 89% acreditam que o trabalho híbrido também ajudou a facilitar o equilíbrio entre as responsabilidades do trabalho e os compromissos familiares e 38% disseram que o trabalho híbrido lhes deu mais tempo para dedicar a paixões pessoais fora do trabalho.

Emprego de TI

O estudo 'Mercado Brasileiro de Software: Panorama e Tendências 2024', da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, com a consultoria IDC, revela que o alcançou um valor de mercado no Brasil de US$49,5 bilhões. A expectativa é que até 2025 o país tenha cerca de 800 mil (797 mil) novas vagas abertas na área de tech. Mas encontrar profissionais capacitados para ocupar essas vagas não tem sido fácil.

Jovens da TI

Uma outra pesquisa realizada pela GeekHunter – startup de recrutamento de pessoas desenvolvedoras de software e cientistas de dados identificou desistência, demora ou falta de resposta são dificuldades apontadas por 62,7% dos recrutadores que buscam por profissionais da área de tecnologia, seguido de expectativa salarial e de benefícios (15,7%). Eles também desejam a criação de oportunidades para grupos minorizados promover a diversidade, inclusão e equidade.

Mulheres e poder

Nesta terça-feira (14) Jaboatão de Guararapes sedia o 3º Diálogo Nacional W20 Brasil evento que abordará a economia do cuidado, um dos eixos temáticos prioritários da agenda de trabalho do W20 Brasil em 2024. Além das presenças das representantes da Delegação do W20 Brasil, Adriana Rodrigues e Kamila Camilo confirmaram participação Neuza Tito, do Ministério das Mulheres, Evelyn Lins, da Prefeitura de Recife, Vanessa Sampaio da ONU Mulheres Brasil O Women 20 é o grupo independente de engajamento do G20 focado em promover a equidade de gênero e o empoderamento econômico das mulheres.

Consultoria ACLF

Liderada pelo empresário Avelar Loureiro, a ACLF Empreendimentos fechou parceria com a administração do Paulista North Way Shopping para o desenvolvimento de mix adequado do minishopping Belém Boulevard, em Campo Grande, o primeiro a ter a consultoria do centro de compras. O Belém Boulevard é um condomínio, modelo lounge, com duas torres de 36 andares e um edifício garagem. O projeto reservou espaço para seis lojas, voltadas para a Estrada de Belém.

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