Há 60 anos o país vivia um golpe civil-militar que acabava com o Movimento de Cultura Popular (MCP), que viabilizava ações de educação e de cultura a fim de modificar o Recife. O movimento que tinha apoio de intelectuais, educadores, artistas e estudantes, será tema de uma mostra que começa nesta quinta-feira (15), na a Galeria Vicente do Rego Monteiro, campus Ulysses Pernambucano da Fundaj, no Derby.
A curadoria foi feita por Moacir dos Anjos, coordenador-geral do Museu do Homem do Nordeste (Muhne). “No Recife, em 1960, um grupo heterogêneo de pessoas se juntou com um objetivo comum e principal: combater o analfabetismo que afligia a maioria das crianças e adultos pobres na cidade. Condição que estreitava os futuros possíveis dos mais novos e mantinha os mais velhos presos a empregos mal remunerados, além de impedidos de participar de eleições – à época, somente pessoas alfabetizadas possuíam direito a voto. Uma situação que reproduzia e ampliava desigualdades entre habitantes de um mesmo território”, afirma Moacir.
Estarão expostos mais de 200 objetos como fotos, folders, jornais, documentos, obras, etc, de artistas que participavam do Movimento.