Publicado em 24/07/2016 às 10:00
"Foi uma boa oportunidade. Estou realizando um sonho que tinha desde que entrei na empresa. Queria virar motorista. Tive medo no começo, achando que seria demitida, mas agora estou sendo treinada para virar motorista”, Conceição Cabral, cobradoraAlém de não terem sido demitidos, como muitos temiam, todos os 16 profissionais foram realocados e alguns até promovidos. O Blog De Olho no Trânsito conversou com dois deles, Conceição Cabral e Marcelo Chagas, que estão sendo treinados para passar ao quadro de motoristas. Os dois estão satisfeitos e enxergaram na mudança de função uma chance de progredir profissionalmente. Quando aprovados como condutores, terão um ganho real superior a R$ 1 mil no salário. Os outros 14 cobradores também foram aproveitados. Com exceção de quatro, que continuaram na mesma função em outra linha, dois foram realocados para auxiliar a venda de cartões VEM nos TIs Abreu e Lima e Macaxeira, dois estão no controle de acesso aos TIs e seis atuam na fiscalização de operação.
Alguns números mostram que o projeto da linha 901 caminha certo, embora seja pequena, com apenas 6 mil usuários por dia, e interterminal. Ou seja, a maior demanda é de usuários que embarcam nos terminais integrados, sem pagamento de passagem. Os 800 passageiros que embarcavam ao longo do percurso permaneceram e mais de 1 mil cartões VEM foram vendidos até agora somente pela empresa operadora. Do total de 800 usuários, apenas 200 pagavam em dinheiro. LEIA MAIS Ônibus sem cobrador: caminho sem volta Ônibus sem cobrador começa a ser testado nesta segunda-feira na Região Metropolitana do Recife Venha andar na Zumbi do Pacheco-Barro (Loteamento), a linha do medo"A empresa nos orientou desde que os boatos de demissão começaram. Esclareceu que todos seriam aproveitados e ouviu para onde cada um queria ir. Sempre quis ser motorista. Por isso acho que esse medo de demissão em massa não se justifica”, Marcelo Chagas, cobrador
"Desde o começo nós explicamos e garantimos aos nossos profissionais que eles não seriam demitidos. Ao contrário, alguns estão tendo opção de progredir na profissão", Antero Parahyba, da Pedrosa