Outra novidade da futura concessão dos terminais urbanos da RMR é que as estações do Sistema BRT pernambucano, o Via Livre, foram incluídas na proposta. A futura concessionária cuidará também - sob todos os aspectos - das 46 estações que estruturam os Corredores de BRT Norte-Sul e Leste-Oeste. O governo alega que a inclusão vai representar economicidade para a gestão pública. Apenas com manutenção, são gastos, em média, R$ 30 mil por mês com cada equipamento. Em 2019 foram R$ 15 milhões. Junto com a manutenção dos Terminais Integrados, foram R$ 48 milhões. Estações e TIs, no entanto, seguem degradados.
Inicialmente, os equipamentos do BRT não integrariam a proposta de concessão administrativa. O Estado tentava outra solução, como repassá-las à gestão dos operadores, que ganhariam para isso. Em 2018, o governo tentou uma solução caseira semelhante com os TIs, mas foi um desastre, sendo revisto em pouco tempo.
ESTAÇÕES DO BRT ESTÃO NOVAMENTE VANDALIZADAS
As unidades de embarque e desembarque do BRT são outro grande problema do transporte público metropolitano. Vandalizadas desde o primeiro dos cinco anos de operação do sistema tão gestado pelo PSB, chegaram a ser canibalizadas no ano passado, forçando governo e empresários a firmar convênios para bancar a jornada extra de Policiais Militares. Deu certo até o início da pandemia. De abril para junho a vandalização aumentou e a maioria das estações do Norte-Sul (que liga o Recife a Igarassu) e algumas do Leste-Oeste (Recife a Camaragibe) voltaram a ser invadidas, tendo piso, teto, equipamentos e fiação roubados. Como o sistema deixou de operar logo no início do isolamento, as unidades ficaram totalmente expostas, já que o reforço da PM não é suficiente.
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A degradação das estações do BRT é tanta que a recuperação terá que ser licitada ao custo de 1,2 milhão. O Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM) lançou o aviso na semana passada. E às pressas. Para manutenções corretivas e reparos emergenciais em 25 estações no total - 19 do Corredor Norte-Sul e 6 do Corredor Leste-Oeste.
“Sem dúvidas as estações são um grande problema para manter e gerir. Estávamos tentando uma solução para elas há algum tempo e tínhamos três caminhos: deixar como está, com o Estado, até ser possível incluir no novo contrato das concessões, renovados em cinco anos; fazer um contrato à parte, com nova licitação; ou incluir nesse. Decidimos, comparando os custos, que era melhor incluir”, explica o secretário Marcelo Bruto, da Seduh.
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