Segundo reforço de ônibus no pós-quarentena no Grande Recife
Nesta segunda-feira (5/4) a frota ganhou mais 200 coletivos: 171 lançados na quinta (1º/4) e 29 nesta segunda. Objetivo é tentar minimizar a superlotação nos horários de pico
Nesta segunda-feira (5/4) entrou em operação a segunda e menor etapa de ampliação da frota de ônibus em circulação na Região Metropolitana do Recife. Assim, o reforço que teve início na quinta-feira (1º/4), com a flexibilização da quarentena pelo governo de Pernambuco, chega a 200 coletivos a mais no sistema. Foram 171 coletivos lançados na quinta e 29 nesta segunda, principalmente nas linhas de maior demanda.
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O governo de Pernambuco reforçou a frota de ônibus para evitar ou ao menos reduzir as aglomerações nos horários de pico. E diz que, com os 200 ônibus, a frota passa de 80% para 88% e que 184 linhas (quase metade das linhas do sistema) estarão rodando com mais de 100% dos veículos. E está concentrando os esforços nas linhas de maior demanda, que são as que mais sofrem nos horários de pico. O CTM garante que há linhas rodando com mais de 150% da frota.
A melhoria do serviço nessas linhas, inclusive, foi definida num acordo firmado com o governo do Estado para suspender temporariamente a ação civil pública impetrada pela Defensoria Pública de Pernambuco e que tinha conseguido uma liminar obrigando todos os ônibus a circular com apenas 20% da capacidade de passageiros em pé. No acordo, ficou definido que os ônibus deverão sair dos terminais integrados com no máximo 20% da capacidade de usuários em pé. E que dez linhas - as de maior demanda do sistema - terão que iniciar as viagens apenas com passageiros sentados, sendo fiscalizadas ao longo do percurso. No caso dos ônibus comuns, é como se cada coletivo pudesse circular com menos de dez pessoas em pé.
Segundo André Melibeu, diretor de Operações do CTM, a fiscalização vai ser ampliada nos próximos dias para garantir que a ocupação de até 20% da capacidade de passageiros em pé seja respeitada nas viagens. “Estamos trabalhando para isso. Para que não tenhamos linhas com mais de 15 passageiros em pé nos ônibus convencionais e 25 nos BRTs e articulados”, prometeu. Também segundo o CTM, a demanda de passageiros caiu de 63% para 46% em média durante a quarentena e deverá subir com a flexibilização. A estimativa do órgão era que chegasse a 68% a partir desta segunda (5/4).
Entre os passageiros, desconfiança e críticas. “O problema é no percurso das linhas, nos horários de pico. O ônibus sai respeitando as regras, mas ao longo do caminho não conseguimos evitar o embarque dos passageiros. Depois dessas novas regras, definidas com a Justiça, está melhorando um pouco”, reconhece o motorista de ônibus Carlos Aparecido, na profissão há cinco anos.