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Projetos de ciclovias na Avenida Caxangá e em outros quatro corredores do Recife serão feitos pelo governo de Pernambuco

As avenidas que deverão ganhar a futura estrutura ficam na Zona Sul e na área central da capital

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Roberta Soares

Publicado em 05/11/2021 às 15:11 | Atualizado em 05/11/2021 às 16:04
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Depois do violento atropelamento de um ciclista na Avenida Caxangá, o eixo viário mais importante da Zona Oeste do Recife, o governo de Pernambuco garantiu que irá viabilizar a implantação de uma ciclovia na avenida. Comprometeu-se com os recursos para contratação do projeto executivo do futuro equipamento, que será licitado em breve. Além da Caxangá, outras três avenidas com alto volume de ciclistas e de veículos também estarão no pacote: as Avenidas Mascarenhas de Moraes, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife, Agamenon Magalhães e Cruz Cabugá, na área central da cidade. A Agamenon, inclusive, é a única que já tem um projeto iniciado pelo município do Recife.

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Um grupo técnico foi criado envolvendo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Seduh) e, inicialmente, as prefeituras do Recife e Olinda. Jaboatão dos Guararapes também fará parte. Está sendo construído um termo de cooperação técnica para elaboração do termo de referência para a futura licitação. Datas e valores, no entanto, ainda não foram informados. “Embora seja antigo, o Plano Diretor Cicloviário (PDC) da Região Metropolitana do Recife só define diretrizes. Faltam os projetos e, sem eles, não conseguimos executar as estruturas cicloviárias. A única exceção é a Avenida Agamenon Magalhães que já tem um projeto sendo elaborado pela Prefeitura do Recife”, explicou a secretária executiva de Políticas Urbanas de Pernambuco, Simone Osias.

Carlos Simões/TV Jornal
Colisão aconteceu nta quarta-feira (3/11). O impacto foi tão forte que o carro teve sua lateral toda arrancada ao colidir na Estação de BRT Engenho Poeta. O ciclista, como informado pela perícia técnica, teve o crânio aberto com a violência - Carlos Simões/TV Jornal

À frente da coordenação da iniciativa, Simone Osias diz que a intenção da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Seduh) é criar um programa específico para a execução da ciclomobilidade no Grande Recife, com recursos definidos. Mas, se não for possível dessa forma, as ações serão incluídas no orçamento do programa que está viabilizando a pavimentação de ruas em municípios da RMR e do interior do Estado. Vale lembrar que o PDC foi concluído ainda em 2014 e toda essa etapa agora anunciada pelo Estado deveria ter sido feito naquela época.

“A primeira etapa é elaborar os termos de referência para a contratação das empresas que irão elaborar os projetos executivos das futuras ciclovias nessas quatro grandes avenidas. Já assumimos o compromisso de buscar recursos para a elaboração dos projetos. Vamos encarar essas vias sob a ótica da ciclomobilidade. Sabemos que a mobilidade urbana é um sistema e, embora algumas vias sejam metropolitanas - ou seja, de responsabilidade do Estado -, elas sempre conversam com os municípios. Por isso, essa iniciativa é fundamental”, afirmou.

O Estado prometeu, ainda, analisar a instalação de bicicletários em alguns terminais integrados de passageiros, ajudar a capital a recuperar algumas estruturas cicloviárias - a Ciclovia de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, é uma delas - e instalar paraciclos em pontos de atração turística da cidade.

ARTES/JC
. - ARTES/JC

PROMESSAS

Uma ciclovia na Avenida Caxangá é uma dívida antiga dos gestores públicos com a população que usa e que defende a ciclomobilidade. Constava ainda do projeto do Corredor de BRT Leste-Oeste, que corta a Zona Oeste do Recife e conecta Camaragibe, na RMR, ao Centro da capital, em 16 km. A promessa, ainda na primeira gestão do governador Eduardo Campos, também do PSB, era um equipamento ao longo de toda a avenida. Mas nada aconteceu.

Em 2014, depois que o Estado gastou quase R$ 1 milhão para executar o PDC, também sob a gestão e com o aval de Eduardo Campos, mais uma vez a Avenida Caxangá foi indicada para receber uma ciclovia. Mas nada até hoje. Nem ciclovia na Caxangá, nem ampla implantação do PDC, que segue, sete anos depois, com menos de 16% executado.

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CARLOS SIMÕES/TV JORNAL
Motorista que atropleou ciclista estaria em alta velocidade, mas teve apenas ferimentos leves e recebeu alta do HR um dia depois da colisão - CARLOS SIMÕES/TV JORNAL

MOTORISTA RECEBE ALTA

O motorista que atropelou o ciclista Flávio Antônio, 42 anos, no início da tarde de quarta-feira (3/11), já recebeu alta do Hospital da Restauração, no Derby, área central do Recife. Elias Severino da Silva, 49, chegou à unidade desorientado e com dores no braço esquerdo. Segundo informações repassadas pela assessoria de imprensa do HR, ele fez uma tomografia e ficou em observação neurológica, mas como evoluiu bem, foi liberado. Nenhum exame de alcoolemia foi realizado. Nem no local do sinistro de trânsito, porque o condutor foi socorrido, nem no hospital. O HR informou que a unidade não faz o procedimento para verificar ingestão de álcool por condutores.

O atropelamento do ciclista, segundo a Polícia Civil, já está sendo investigado. O caso está com a Delegacia de Polícia e Delitos de Trânsito, sob o comando do delegado Derivaldo Falcão. A Civil garantiu que diligências já começaram a ser feitas.

 

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