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TI Santa Luzia: um terminal que demorou para ser construído e, seis anos depois, opera com apenas duas linhas

Passageiros têm feito mobilização nas redes sociais pedindo a ampliação das ligações no TI

Roberta Soares
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Roberta Soares
Publicado em 07/09/2022 às 8:00
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Terminal Integrado Santa Luzia, um dos menores do sistema, começou a ser construído em 2012 e levou quatro anos para ser concluído - FOTO: FOTO:ROBERTA SOARES
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Passageiros que dependem do Terminal Integrado Santa Luzia, localizado no bairro da Estância, na Zona Oeste do Recife, estão reivindicando a ampliação da oferta de serviço do equipamento. Alegam que, do jeito que está, o TI - um dos últimos a ser erguido no cronograma do Sistema Estrutural Integrado (SEI) - mais atrapalha do que ajuda nos deslocamentos.

O TI Santa Luzia foi inaugurado em 2016 chegou a ter três linhas, mas hoje opera com apenas duas: 102 TI Santa Luzia/Ibura e 106 TI Santa Luzia/Parque Aeronáutica. Faz integração com o Metrô do Recife, mas quem depende dele quer mais opções sob o argumento de que é necessário mais integrações.

Pelo site do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM) são dois mil usuários por dia no equipamento. “Qual a finalidade do TI Santa Luzia? Atualmente com apenas duas linhas. É muito estranho, né? Um TI tão grande com duas linhas só”, indagam os usuários.

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Quem depende do terminal defende que o TI Santa Luzia receba as linhas Curado I/TI Santa Luzia e San Martin/TI Getúlio Vargas (TI Santa Luzia/TI Getúlio Vargas). Seriam opções para desafogar os TIs do Barro e de Joana Bezerra, por exemplo. E pedem que as linhas cheguem ao TI Largo da Paz, em Afogados, para atender à antiga linha 412 (Largo da Paz), que foi suspensa na pandemia.

“Quando desativaram a Linha 412 (San Martin/Largo da Paz) a região de Afogados, principalmente a Estrada dos Remédios, ficou sem ônibus para a Avenida Caxangá e o Hospital Getúlio Vargas (HGV), que tem muita procura da população. Muita gente trabalha na unidade”, critica Prince Tinô dos Santos, morador de San Martin, líder comunitário e auxiliar de serviços gerais.

Guga Matos/JC Imagem
O novo TI custou R$ 4,3 milhões e tem uma área de 5.643 metros quadrados. O terminal possui oito plataformas de embarque e duas para desembarque. Nesses anos, a operação diminuiu no lugar de ser ampliada - Guga Matos/JC Imagem

“Precisamos de uma opção. Alegaram que a demanda era baixa, mas não nos deram outra opção. Essa linha nos levava até o Cais de Santa Rita por Afogados, e voltava pela Estrada dos Remédios e Avenida Caxangá, na altura do HGV. Agora, temos que descer na Caxangá e pegar um BRT ou pagar duas passagens, no mínimo”, reclama.

Os passageiros alegam, ainda, que o TI Santa Luzia poderia ter outras linhas para o TI Tancredo Neves, para o RioMar Shopping via Afogados, e para a Zona Norte do Recife via TI Macaxeira.

O QUE DIZ O CTM

O CTM informou, por nota, que as linhas programadas para atender ao TI Santa Luzia não foram aceitas pelas comunidades do entorno. E que está prevista a criação da linha interterminal TI Santa Luzia/TI Getúlio Vargas, como parte da conclusão da licitação dos lotes remanescentes do Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP/RMR).

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A licitação, entretanto, ainda está sendo finalizada. A proposta foi apresentada pelo governo estadual, mas aguarda parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE)

Sobre a linha 320 Curado I/Werneck (Via Totó) atender ao TI Santa Luzia, a inviabilidade da proposta, segundo o CTM, seria o aumento da tarifa. “Atualmente, a linha tem a tarifa Anel G (R$ 2,70) e teria que passar a ser Anel A (R$ 4,10)”, explica o CTM na nota.

O TERMINAL

O novo TI custou R$ 4,3 milhões e tem uma área de 5.643 metros quadrados. O terminal possui oito plataformas de embarque e duas para desembarque. Nesses anos, a operação diminuiu no lugar de ser ampliada.

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