Trânsito, transportes e mobilidade urbana, com Roberta Soares

Mobilidade

Por Roberta Soares e equipe
COLUNA MOBILIDADE

PROTESTO DE CAMINHONEIROS: PRF pode atuar CONTRA BLOQUEIOS sem demandar autorização

A garantia foi dada pela Advocacia-Geral da União (AGU) para garantir o tráfego livre nas estradas brasileiras ocupadas por bloqueios de caminhoneiros contrários à vitória do presidente eleito Lula (PT)

Cadastrado por

Roberta Soares

Publicado em 31/10/2022 às 17:01 | Atualizado em 13/02/2023 às 13:05
O DER-PE, entretanto, não informa prazos para solução dos problemas enviados pelo novo canal. Apenas diz que vai agilizar a resolução - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
Da Agência Estado
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou nesta segunda-feira (31/10), que acionou unidades regionais da Advocacia-Geral da União (AGU) para garantir o tráfego livre nas estradas brasileiras ocupadas por bloqueios de caminhoneiros contrários à vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em nota, a AGU informou que ajuizará as ações, mas que "a Polícia pode atuar sem demandar autorização".
A AGU afirmou que "recebeu, por enquanto, pedido de atuação por meio das unidades da Procuradoria da União em Rondônia Goiás e no Pará". O órgão informou que vai "tomar as medidas cabíveis por meio de suas unidades regionais".
PRF NO NORDESTE: por causa da política, instituição vai da invisibilidade à polêmica nacional
Caso Genivaldo: PRF que matou motoqueiro após abordagem é a mesma que ignorou Bolsonaro sem capacete
"É importante destacar que existem pareceres jurídicos da instituição que autorizam atuação de ofício das Polícias, sem demandar autorização judicial, como ocorreu em 2018, por ocasião da greve dos caminhoneiros", registrou a AGU.
Por volta das 10 horas da manhã desta segunda-feira (31), a PRF informou que havia 47 pontos de bloqueio ou aglomeração em rodovias de 11 Estados e do Distrito Federal. O número havia diminuído. Mais cedo, segundo a corporação, os obstáculos no País chegaram a 70 - Tomaz Silva/Agência Brasil
"A atuação judicial da AGU ocorre apenas quando, no caso concreto, as instituições de polícia entendem que precisam de medida judicial para garantir a liberação de rodovias."
Em nota, a PRF informou que "adotou todas as providências para o retorno da normalidade da circulação" desde o domingo, segundo turno. De acordo com a corporação, suas equipes estão em locais onde há bloqueios ou aglomerações para negociar a liberação das rodovias, "priorizando o diálogo". O objetivo, registrou, é garantir "trânsito livre e seguro" e "o direito de manifestação dos cidadãos, como aconteceu em outros protestos".
Por volta das 10 horas da manhã desta segunda-feira (31), a PRF informou que havia 47 pontos de bloqueio ou aglomeração em rodovias de 11 Estados e do Distrito Federal. O número havia diminuído. Mais cedo, segundo a corporação, os obstáculos no País chegaram a 70. A corporação disse que analisava se cada um dos casos estava ligado ao resultado das eleições presidenciais.
Vídeos publicados em redes sociais desde a noite deste domingo, 30, mostram caminhoneiros fechando pontos de estradas. Nos grupos de WhatsApp, eles afirmam que as manifestações têm apoio de empresários do agronegócio e também do comércio. Alguns líderes que já participaram de outras manifestações disseram ao Estadão, no entanto, que isso é "só fogo de palha de reacionários". Sobre o apoio de empresários, disseram que todas as manifestações têm a participação deles nos bastidores.
O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o 'Chorão', que liderou a greve dos caminhoneiros de 2018, disse nesta manhã, em vídeo, que "não é hora de parar o País". Ele criticou as paralisações pontuais que estão sendo feitas em algumas localidades nesta segunda-feira.
"Quero reconhecer, através da Abrava, a eleição, a democracia desse País, parabenizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela sua vitória", disse o líder caminhoneiro, informando que tem sido procurado para comentar sobre as paralisações.

Tags

Autor

Veja também

Webstories

últimas

VER MAIS