TRANSPORTE POR APLICATIVO

APLICATIVO: fábrica de ubers e concorrente da UBER e 99, empresa movimenta R$ 1 bilhão anualmente

Existe um mercado paralelo de aplicativos de transporte remunerado de passageiros que cresce ano a ano

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Roberta Soares

Publicado em 15/10/2023 às 17:04 | Atualizado em 15/10/2023 às 17:13
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Quando o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirma repetidas vezes que, se a Uber for embora do Brasil, outros aplicativos ocuparão o seu lugar, ele reflete um fenômeno real no Brasil, especialmente nas cidades de médio e pequeno porte.

Existe um mercado paralelo de aplicativos de transporte remunerado de passageiros que cresce ano a ano. A empresa de tecnologia Gaudium, dona da Machine e criada em 2011, é um exemplo desse mercado potencial.

Atualmente, apenas com os apps regionais de transporte, está disponível em mais de 1,5 mil cidades e com projeção de faturamento anual de R$ 30 milhões. Somente em 2022, a companhia foi responsável por movimentar mais de R$ 1 bilhão.

Foram sete anos para o grupo bater 100 milhões de solicitações de corridas e entregas, mais dois para 200 milhões e só mais um para 300 milhões.

Com a projeção de faturamento para 2023, que representa um aumento de 40% em relação ao ano passado, os sócios da Gaudium afirmam que querem crescer ainda mais e estão abertos para analisar parcerias que possam impulsionar essa ampliação.

CONHEÇA A HISTÓRIA

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Atualmente, apenas com os apps regionais de transporte, está disponível em mais de 1,5 mil cidades e com projeção de faturamento anual de R$ 30 milhões - GUGA MATOS/JC IMAGEM

O ano era 2013 e os sócios Bruno Muniz e Ricardo Góes, donos da Gaudium, empresa de tecnologia para os setores da mobilidade e logística, observavam o burburinho que os recém chegados aplicativos de transporte de passageiros estavam fazendo no Brasil.

Eles entenderam que havia uma demanda em expansão no mercado, impulsionada em parte pela crescente utilização da internet nos celulares: conectar motoristas de táxi e passageiros que precisavam de uma corrida imediatamente. Foi assim então que surgiu a Machine, tecnologia que permite a criação de plataformas de mobilidade.

A princípio, para atender cooperativas de táxi bairristas que desejavam ter seus próprios aplicativos para conectar motoristas e passageiros, os sócios logo viram a escalabilidade do que haviam criado. Com um amplo background no setor da tecnologia, expandiram sua solução para atender também serviços de carros particulares, mototáxi, delivery e qualquer empreendedor que almeja criar sua empresa de transporte e delivery.



“Quando um empreendedor opta por aderir à Machine, ele logo dá início a um ecossistema que gera empregos, movimenta a economia da cidade, e muitas vezes dá uma opção de mobilidade em municípios que sequer possuem transporte público. Ou seja, além de gerar oportunidade de negócios para essas pessoas, também traz vantagens ao consumidor final, que tem mais alternativas para se deslocar”, ressalta Bruno Muniz.

APPS CRIADOS POR EMPREENDEDORES

A carteira da Machine está repleta de cases, com histórias de empreendedores que mudaram de vida ao aderir à solução. A Te Levo Mobile, por exemplo, foi criada por um ex morador de rua em Araxá (MG) e já alcançou um faturamento anual de R 1,4 milhão.

Outro exemplo é a Carsul, de Santa Rosa (RS), que chegou em busca de um trânsito mais seguro depois que a CEO perdeu seu filho em um sinistro de trânsito (não é mais acidente de trânsito que se define. Entenda). 

Uma explicação para o sucesso das plataformas em suas regiões de atuação é o maior contato entre empresários e motoristas, que oferecem um suporte robusto, muitas vezes com espaços de descompressão, parcerias com mecânicos, lava rápidos e benefícios como plano de saúde aos colaboradores autônomos, além de taxas mais atraentes por corrida. Para os usuários locais, a segurança de, muitas vezes, conhecer quem comanda a plataforma e os próprios motoristas é um dos diferenciais mais atraentes.

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