Aeroporto Internacional do Recife ganha novas instalações e aumenta a capacidade de voos em 60%
Entre as novidades, está a construção de um píer para voos internacionais, área reversível que pode ser utilizada também em destinos domésticos, quatro novas pontes de embarque, mais lojas e restaurantes
O Aeroporto Internacional do Recife está maior, mais confortável e sustentável, mais novo e com a capacidade operacional ampliada em 60%. Nesta terça-feira (12/12), a Aena Brasil, concessionária que administra o terminal, inaugurou as obras de ampliação e modernização do equipamento.
Segundo a concessionária, o aeroporto ganhou 40% a mais de área edificada e crescimento de 60% na capacidade de receber voos e passageiros. Tudo dentro do padrão da concessionária, implementado nos 80 aeroportos e dois heliportos ao redor do mundo.
Entre as novidades, está a construção de um píer para voos internacionais, área reversível que pode ser utilizada também em destinos domésticos, quatro novas pontes de embarque, mais lojas e restaurantes. A ampliação do pátio vai permitir o estacionamento de até cinco aeronaves de grande porte simultaneamente, com a possibilidade de atrair mais operações internacionais para a capital pernambucana.
Segundo a Aena Brasil, o terminal já é o mais movimentado do Nordeste, recebendo mais de 700 mil passageiros por mês e, agora, com 70 mil metros quadrados de área. Também é o mais movimentado de todas as capitais brasileiras, excluindo a região Sudeste e Brasília.
FORÇA DO AEROPORTO DO RECIFE
“O aeroporto está pronto para crescer, ajudando a impulsionar o desenvolvimento de Pernambuco, estimular o turismo e oferecer uma experiência de viagem diferenciada aos passageiros, com mais eficiência de ponta a ponta”, afirmou o presidente da Aena na Espanha, Maurici Lucena.
“Hoje, consideramos a Aena uma empresa hispano-brasileira. Quando somamos as duas concessões que administramos, a do Nordeste e a do bloco SP/MS/PA/MG, nosso investimento no País ultrapassa R$ 8 bilhões”, destacou.
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O executivo lembrou, ainda, que a concessionária é responsável por cerca de 20% do tráfego aéreo nacional, com 17 aeródromos em nove estados, incluindo aeroportos decisivos para a malha aérea brasileira, como Congonhas e o Recife. “Isso nos traz um imenso orgulho, mas também grande responsabilidade. Nosso objetivo é oferecer infraestruturas cada vez melhores, capazes de apoiar o desenvolvimento das regiões onde atuamos, possibilitando a atração de novos negócios e fomentando o turismo local”, afirmou.
QUASE 2 BILHÕES EM INVESTIMENTOS
A Aena Brasil diz que já investiu R$ 1,4 bilhão em obras estruturais nos seis aeroportos que administra no Nordeste. Mais R$ 500 milhões teriam sido aportados em sistemas, equipamentos e novas manutenções.
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Para o terminal do Recife, foram adquiridos quatro novos fingers (pontes de embarque), escadas rolantes, esteiras de bagagem automatizadas do check-in ao embarque e carrosséis de devolução de bagagem aos passageiros. A infraestrutura também foi preparada para inspeção, por tomógrafo, de todas as bagagens despachadas, configurando um reforço significativo na segurança operacional.
O Aeroporto Internacional do Recife também passa a contar com duas salas VIP. A primeira delas está em funcionamento desde julho e a segunda, localizada na nova área de operações internacionais, será entregue no início de 2024.
As pistas receberam melhorias na segurança operacional, RESAs (sigla para áreas de segurança de fim de pista, do inglês runway end safety areas) nas duas cabeceiras, faixa preparada e revitalização da sinalização horizontal, entre outras melhorias. A ampliação do pátio vai permitir o estacionamento de até cinco aeronaves de grande porte simultaneamente. Além disso, sete novos hangares foram construídos, incrementando a oferta de aviação geral. Mais amplos, modernos e funcionais, os novos equipamentos ficam localizados no lado oposto aos antigos, ao lado da Base Aérea.
MAIS INOVAÇÕES NO NOVO TERMINAL
O Recife também ganhou leitores eletrônicos de cartões de embarque, mais totens de autocheck-in e novos balcões de controle de imigração. O embarque remoto também foi contemplado com uma sala de dois mil metros quadrados e acesso direto para conexões. O espaço é quatro vezes maior, oferecendo ainda mais conforto e qualidade para os passageiros que embarcam nos voos com destinos regionais. Também foram implantados mais dois portões de embarque, chegando a cinco no total, e vagas adicionais de parada de ônibus.
FINANCIAMENTO COM O BNDES
As obras de ampliação e modernização contaram com financiamento de R$ 509 milhões do Banco do Nordeste (BNB) ao grupo Aena Internacional de Desarrollo. Foi uma operação de crédito total da ordem de R$ 1,8 bilhão destinada à reforma e ampliação dos aeroportos do chamado Bloco Nordeste, que inclui, além de Recife, Maceió (AL), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB).
O aeroporto do Recife recebeu a maior fatia dos valores providos pelo BNB. Os créditos foram concedidos por meio do Programa de Financiamento à Infraestrutura Complementar da Região Nordeste (Proinfra) e contam com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).