ÔNIBUS | Notícia

Vai ter greve de ônibus amanhã em São Paulo, sexta-feira, 07/06?

Veja as reivindicações do sindicato; proposta do setor patronal foi analisada na quinta (6)

Por Fernanda Cysneiros Publicado em 06/06/2024 às 9:25 | Atualizado em 07/06/2024 às 6:39

A greve de ônibus em São Paulo (SP), prevista para ser realizada nesta sexta-feira (07/06), encontra-se suspensa.

A decisão foi anunciada na Assembleia Geral realizada na manhã de quinta-feira (6). Como resultado, há a suspensão da greve até o dia 30 de junho.

O Jornal do Commercio aguarda pela nota oficial do SMTRUSP, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo.

TEM GREVE DE ÔNIBUS HOJE EM SÃO PAULO, 07/06?

Não vai ter greve de ônibus em SP hoje, sexta-feira (7). O Presidente do SMTRUSP aceitou defender a suspensão da Greve Geral na Assembleia de conciliação, realizada na quinta (6), no TRT, Tribunal Regional do Trabalho 2ª Região de São Paulo.

A audiência ocorreu após o pedido da Prefeitura de São Paulo à Justiça do Trabalho para garantir 100% da frota de ônibus nos horários de pico durante a greve, e ao menos 80%, no restante do dia, além de estabelecer uma multa diária de R$ 1 milhão ao Sindicato em caso de descumprimento.

O pedido também abrangeu uma solicitação à Justiça para proibir os bloqueios de ônibus na saída das garagens, vias públicas e terminais de passageiros.

GREVE ÔNIBUS SP HOJE

No dia 29 de maio, o SMTTRUSP aprovou uma greve de ônibus em SP, a ser realizada na sexta-feira, 7 de junho, em todas as garagens e terminais de ônibus em sinal de protesto.

A grande plenária da Campanha Salarial 2024 contou com a diretoria, membros da comissão de negociação e delegados.

Posteriormente, na terça-feira (4), realizou-se uma nova plenária, e na quarta (5), o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região São Paulo foi palco de uma audiência com representantes do setor patronal e:

  • o Tribunal de Contas do Município (TCM)
  • Técnicos do SMTTRUSP
  • SPTRANS (São Paulo Transportes)
  • Câmara Municipal

Na quinta (6), realizou-se mais uma Assembleia, na qual se decidiu aplicar a suspensão da greve.

O QUE DIZ O PRESIDENTE DO SINDICATO

O presidente do Sindicato, Edivaldo Santiago, explica que houve "enorme repercussão" das negociações, que já duram 45 dias.

"Todo mundo sabe que estamos faz 45 dias negociando com o setor patronal, sem resultados positivos, sobretudo nas questões econômicas e reposição das perdas salariais desde a pandemia", acrescenta.

Edivaldo também ressalta que os profissionais foram para a audiência com a expectativa de receber uma boa contraproposta. Eles contaram com o "bom senso e entendimento" da outra parte para uma resolução efetiva para a categoria e para a cidade de São Paulo.

NEGOCIAÇÕES

Além da questão salarial, outras reivindicações da categoria incluem:

  • Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
  • Reajuste do ticket para R$ 38
  • Cesta básica com produtos de qualidade
  • Reajuste de 17% no seguro de vida e cobertura de 10 pisos salariais em respeito à Lei 12.619/2012 (lei do motorista);
  • Melhoria nos convênios médico e odontológico;
  • Jornada de trabalho de 7 horas efetivamente trabalhadas (6h30 e 30 minutos de descanso e refeição) ou 6 horas trabalhadas e 1 hora remunerada;
  • Auxílio funeral com revisão dos valores
  • Cartão para uso em necessidade, dentre outras. 

O setor patronal havia se comprometido em analisá-las para a contraproposta, que foi discutida em Assembleia na quarta (5).

"Desde o início das negociações que definimos nossa estratégia, que até o momento atingiu nossos objetivos. Continuaremos firmes no propósito de fazer o que for melhor para os trabalhadores e trabalhadoras", finalizou o presidente do Sindicato, Edivaldo Santiago.

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