Vai ter greve de ônibus amanhã em São Paulo, sexta-feira, 07/06?
Veja as reivindicações do sindicato; proposta do setor patronal foi analisada na quinta (6)

A greve de ônibus em São Paulo (SP), prevista para ser realizada nesta sexta-feira (07/06), encontra-se suspensa.
A decisão foi anunciada na Assembleia Geral realizada na manhã de quinta-feira (6). Como resultado, há a suspensão da greve até o dia 30 de junho.
O Jornal do Commercio aguarda pela nota oficial do SMTRUSP, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo.
TEM GREVE DE ÔNIBUS HOJE EM SÃO PAULO, 07/06?
Não vai ter greve de ônibus em SP hoje, sexta-feira (7). O Presidente do SMTRUSP aceitou defender a suspensão da Greve Geral na Assembleia de conciliação, realizada na quinta (6), no TRT, Tribunal Regional do Trabalho 2ª Região de São Paulo.
A audiência ocorreu após o pedido da Prefeitura de São Paulo à Justiça do Trabalho para garantir 100% da frota de ônibus nos horários de pico durante a greve, e ao menos 80%, no restante do dia, além de estabelecer uma multa diária de R$ 1 milhão ao Sindicato em caso de descumprimento.
O pedido também abrangeu uma solicitação à Justiça para proibir os bloqueios de ônibus na saída das garagens, vias públicas e terminais de passageiros.
GREVE ÔNIBUS SP HOJE
No dia 29 de maio, o SMTTRUSP aprovou uma greve de ônibus em SP, a ser realizada na sexta-feira, 7 de junho, em todas as garagens e terminais de ônibus em sinal de protesto.
A grande plenária da Campanha Salarial 2024 contou com a diretoria, membros da comissão de negociação e delegados.
Posteriormente, na terça-feira (4), realizou-se uma nova plenária, e na quarta (5), o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região São Paulo foi palco de uma audiência com representantes do setor patronal e:
- o Tribunal de Contas do Município (TCM)
- Técnicos do SMTTRUSP
- SPTRANS (São Paulo Transportes)
- Câmara Municipal
Na quinta (6), realizou-se mais uma Assembleia, na qual se decidiu aplicar a suspensão da greve.
O QUE DIZ O PRESIDENTE DO SINDICATO
O presidente do Sindicato, Edivaldo Santiago, explica que houve "enorme repercussão" das negociações, que já duram 45 dias.
"Todo mundo sabe que estamos faz 45 dias negociando com o setor patronal, sem resultados positivos, sobretudo nas questões econômicas e reposição das perdas salariais desde a pandemia", acrescenta.
Edivaldo também ressalta que os profissionais foram para a audiência com a expectativa de receber uma boa contraproposta. Eles contaram com o "bom senso e entendimento" da outra parte para uma resolução efetiva para a categoria e para a cidade de São Paulo.
NEGOCIAÇÕES
Além da questão salarial, outras reivindicações da categoria incluem:
- Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
- Reajuste do ticket para R$ 38
- Cesta básica com produtos de qualidade
- Reajuste de 17% no seguro de vida e cobertura de 10 pisos salariais em respeito à Lei 12.619/2012 (lei do motorista);
- Melhoria nos convênios médico e odontológico;
- Jornada de trabalho de 7 horas efetivamente trabalhadas (6h30 e 30 minutos de descanso e refeição) ou 6 horas trabalhadas e 1 hora remunerada;
- Auxílio funeral com revisão dos valores
- Cartão para uso em necessidade, dentre outras.
O setor patronal havia se comprometido em analisá-las para a contraproposta, que foi discutida em Assembleia na quarta (5).
"Desde o início das negociações que definimos nossa estratégia, que até o momento atingiu nossos objetivos. Continuaremos firmes no propósito de fazer o que for melhor para os trabalhadores e trabalhadoras", finalizou o presidente do Sindicato, Edivaldo Santiago.