Na última sexta-feira (28), o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRUSP) aprovou, por unanimidade, uma greve de ônibus para acontecer nesta semana.
A partir das 00h00 da quarta-feira (3), todas as garagens e terminais irão aderir à paralisação.
As reivindicações dos sindicalistas incluem uma jornada de trabalhado de 6 horas e 30 minutos, além de mais 30 minutos de almoço remunerados.
No sistema atual, os profissionais atuam por 8 horas e precisam pagar pelo horário destinado à alimentação.
Em caso de proposta patronal, a categoria irá decidir acerca da continuidade, ou não, da promessa de greve. Inclusive, há uma reunião agendada para a próxima terça-feira (2), que poderá cancelar a paralisação.
"A decisão foi necessária devido a intransigência patronal, que no processo de negociação coletiva, há mais de três meses, não atende aos anseios dos trabalhadores", declarou o Sindicato.
Greve de ônibus em SP
A Prefeitura de São Paulo e a SPTrans esperam a decisão da Justiça do Trabalho referente à liminar que garante o funcionamento de 100% da frota de ônibus em horários de pico e de 80% nos demais horários - em caso de greve.
O Sindicato dos Motoristas já previam uma greve de ônibus para o início de junho. No entanto, a audiência realizada na Justiça do Trabalho com a SPTrans e a SPurbanuss, suspenderam a paralisação.
Vai ter greve de ônibus em São Paulo na quarta-feira, 03/07?
Até o momento, sim. Todavia, a reunião de terça-feira (2) poderá mudar o rumo do sindicato.
De acordo com a SPTrans, cerca de 4,3 milhões de pessoas serão prejudicadas com a confirmação da greve. Ao todo, são 1.304 linhas operadas por concessionárias. Cerca de 60 mil trabalhadores irão aderir ao movimento.
Vale ressaltar que a categoria encontra-se em estado de greve até o dia 30 de junho - data final para as negociações entre o setor patronal e o Sindicato.
O que o Sindicato reivindica
A categoria luta pelos seguintes avanços:
- Reajuste inflacionário de 3,69%;
- 5% de aumento real;
- Reposição das perdas salariais decorrentes da pandemia, de 2,46%;
- Melhoria nos convênios médico e odontológico;
- Jornada de trabalho de 7 horas;
- Auxílio funeral.
A jornada de 7 horas diárias ainda segue como o principal motivo da atual greve.