São Paulo

Greve Ônibus SP: paralisação confirmada pode ser cancelada em Assembleia

Greve aprovada por unanimidade está marcada para acontecer a partir da meia-noite da quarta-feira (3), em todas as garagens e terminais do sistema

Publicado em 30/06/2024 às 11:13 | Atualizado em 30/06/2024 às 11:47
Notícia

Na última sexta-feira (28), o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRUSP) aprovou, por unanimidade, uma greve de ônibus para acontecer nesta semana.

A partir das 00h00 da quarta-feira (3), todas as garagens e terminais irão aderir à paralisação.

As reivindicações dos sindicalistas incluem uma jornada de trabalhado de 6 horas e 30 minutos, além de mais 30 minutos de almoço remunerados.

No sistema atual, os profissionais atuam por 8 horas e precisam pagar pelo horário destinado à alimentação.

Em caso de proposta patronal, a categoria irá decidir acerca da continuidade, ou não, da promessa de greve. Inclusive, há uma reunião agendada para a próxima terça-feira (2), que poderá cancelar a paralisação.

"A decisão foi necessária devido a intransigência patronal, que no processo de negociação coletiva, há mais de três meses, não atende aos anseios dos trabalhadores", declarou o Sindicato.

Greve de ônibus em SP

A Prefeitura de São Paulo e a SPTrans esperam a decisão da Justiça do Trabalho referente à liminar que garante o funcionamento de 100% da frota de ônibus em horários de pico e de 80% nos demais horários - em caso de greve.

O Sindicato dos Motoristas já previam uma greve de ônibus para o início de junho. No entanto, a audiência realizada na Justiça do Trabalho com a SPTrans e a SPurbanuss, suspenderam a paralisação.

Vai ter greve de ônibus em São Paulo na quarta-feira, 03/07?

Até o momento, sim. Todavia, a reunião de terça-feira (2) poderá mudar o rumo do sindicato.

De acordo com a SPTrans, cerca de 4,3 milhões de pessoas serão prejudicadas com a confirmação da greve. Ao todo, são 1.304 linhas operadas por concessionárias. Cerca de 60 mil trabalhadores irão aderir ao movimento.

Vale ressaltar que a categoria encontra-se em estado de greve até o dia 30 de junho - data final para as negociações entre o setor patronal e o Sindicato.

O que o Sindicato reivindica

A categoria luta pelos seguintes avanços:

  • Reajuste inflacionário de 3,69%;
  • 5% de aumento real;
  • Reposição das perdas salariais decorrentes da pandemia, de 2,46%;
  • Melhoria nos convênios médico e odontológico;
  • Jornada de trabalho de 7 horas;
  • Auxílio funeral.

A jornada de 7 horas diárias ainda segue como o principal motivo da atual greve.

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