Depois que o presidente da República Jair Bolsonaro assinou portaria tornando essenciais os serviços de cabeleireiro, barbeiro, manicure e academia de ginástica, a maioria dos 27 governadores de estado decidiu não acatar a ordem de Brasília e vão adiar o retorno ao trabalho dos profissionais dessas quatro áreas.
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Bem ao estilo peculiar do presidente, Bolsonaro disse que pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal ou mandar um projeto ao Congresso Nacional, mas já sabendo que o que está em vigor é a interpretação do STF de que abrir ou fechar uma atividade é decisão do prefeito ou do governador e não do presidente da República.
Foi aí que eu me vali dos sábios argumentos do doutor Blancard Torres. O pneumologista do Real Hospital Português disse que sente falta, nessa pandemia, de “um posicionamento único, firme e sensato por parte das nossas autoridades” ele adverte que “nas grandes epidemias existe uma tendência ao caos social! E governo e oposição aumentam os seus acirramentos ideológicos para ganhar mais espaços”.
Desde que surgiram os primeiros caso de pessoas infectadas pelo coronavírus que o que se viu foram orientações desencontradas. Por vezes, contraditórias. Ora o presidente oferecendo um remédio como se fosse a última descoberta da medicina. Ora o Ministério da Saúde negando a eficiência do medicamento.
Como lembra o doutor Blancard Torres quem mais padece são os grupos populacionais dessastidos que tem de enfrentar “o setor de saúde totalmente desmantelado, sucateado, sem mesmo dar conta da demanda habitual; e impossibilitado amplamente de fazer frente a essa gigantesca pandemia”.
Pense nisso!
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