Políticos de diferentes partidos estão se convencendo de que é necessário adiar as eleições municipais de outubro. O que é de se estranhar é que até agora, faltando pouco mais de 4 meses para a disputa e nem a Justiça Eleitoral nem o Congresso Nacional, ninguém tomou uma medida efetiva para mudar essa data.
Antes de ser eleito presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o ministro Luis Roberto Barroso afirmou que é favorável ao adiamento das eleições, “desde que não implique prorrogação de mandato dos atuais prefeitos e vereadores”.
Na noite dessa terça-feira, 19, no programa Movimento Cultura, aqui na Rádio Jornal, eu ouvi o argumento do prefeito Mário Ricardo, de Igarassu (PE) dizendo que é preciso levar em contar que entre a eleição e a posse é preciso haver um prazo razoável para um período de transição entre um mandato e outro.
Eu vou tomar como exemplo o que se passa no nosso vizinho. Na Argentina, que tem mais de 44 milhões de habitantes, 24 províncias (como se fossem os nossos estados), pois a eleição presidencial ocorre em outubro e no início de dezembro já vem a posse.
Não faz sentido - como é no Brasil - haver tanto tempo entre a eleição e a posse - tudo em nome de uma transição segura.
É preciso, isso sim, um entendimento entre os Poderes da República, modificar os prazos eleitorais e transferir o primeiro turno para novembro e o segundo, onde houver para o fim do mês. A posse fica mesmo marcada para 1º de janeiro de 2021.
Pense nisso!