Projeto analisado na Câmara propõe entregar a regulamentação das redes sociais para grupo específico

Leia a opinião de Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza
Publicado em 04/08/2020 às 7:35
. Foto: Leo Motta/JC Imagem


Imagine um entre os 513 deputados. Agora, pense no nome de um senador da República. Agora temos dois parlamentares. Você entregaria a senha de seu perfil nas redes sociais. A senha do Facebook, do Instagram, do Twitter, a esses políticos.

E se a esse grupo viessem se juntar representantes da Polícia Federal, da Anatel, da Polícia Civil, do Ministério da Justiça?

Pois um projeto que está sendo analisado meio que na surdina na Câmara dos Deputados entrega ao Conselho de Transparência e Responsabilidade na Internet o poder de regulamentar o funcionamento das redes sociais, de controlar contas e dizer o que pode e o que não pode.

É o que o jurista pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho chama de conspiração do silêncio. “Passando a sensação de que pretendem, sobretudo, inibir a circulação de ideias. Especialmente quando façam críticas, ou se refiram, ao poder”.

Em me recordo de quando o PT mandava e desmandava no país, não tinha um dia que deixasse de propor a regulamentação da mídia. Um jeito maroto de censurar conteúdos. Hoje, gravitando em torno dos poderosos, os esquerdistas dão as mãos aos virulentos moralistas para achar um jeito de colocar o cabresto no conteúdo da internet.

Pense nisso!

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