Juiz do Piauí usa da autoridade de magistrado para defender filho que dirigia embriagado
Leia a opinião de Romoaldo de Souza
O livro dos Gênesis, o primeiro da Bíblia, conta que “Naquele mesmo dia, Noé e seus filhos, Sem, Cam e Jafé, com sua mulher e com as mulheres de seus três filhos, entraram na arca. Com eles entraram todos os animais de acordo com as suas espécies (…) Então o Senhor fechou a porta [da arca]” e teve início o dilúvio que durou 150 dias (Gn 7:24).
E por que Deus escolheu Noé para assumir a empreitada de salvar a espécie animal? Ainda segundo a Bíblia, por Noé “Era homem justo e perfeito em suas gerações, e andava com Deus (Gn 6:9)”
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Eu compartilhei essa passagem bíblica para falar de outro Noé, e assim como o patriarca da Bíblia é também um homem envolvido com a Justiça. O Noé dos nossos dias tem dois sobrenomes: Pacheco de Carvalho. O Noé da atualidade é juiz da 1ª Vara da comarca de Floriano, no sul do Estado do Piauí, cidade fortemente influenciada pela cultura e tradição árabes.
Pois o Noé do Piauí estava em casa, uma noite dessas, quando o delegado informa que acabara de autuar em flagrante Lucas Manoel, filho do juiz. O rapaz tinha se envolvido em um acidente de trânsito no centro da cidade. Segundo o laudo, estava embriago quando provocou um acidente, jogando o veículo para cima de uma moto, pilotada por Elisabeth Pereira, que ficou ferida sem gravidade.
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Em declaração à imprensa, o juiz Noé Pacheco de Carvalho disse: “O menino foi levado para o distrito policial e era um caso de liberdade provisória, era réu primário, com bons antecedentes, um acidente sem maiores consequências (…) Temi pela própria integridade física do garoto. Imagina você botar o filho de um juiz na mesma cela de outra pessoa sabendo que aquele rapaz é filho do juiz. Entre defender a toga e defender um filho meu, ainda prefiro defender um filho”, afirmou o magistrado piauiense.
Voltando ao livro dos Gênesis, consta que Noé amaldiçoou Cam, seu filho do meio, por debochar ao pai, ao vê-lo nu.
No Piauí, o juiz Noé Pacheco de Carvalho usou da autoridade de magistrado, de juiz de Direito, para fazer justiça em favor do filho que dirigia embriagado pelas ruas de Floriano!
Pense nisso!