Nem os quatro anos como queria a equipe de transição do governo eleito nem apenas um ano conforme vinha impondo o relator do Orçamento da União, senador Marcelo Castro (MDB-PI).
A chamada PEC da Transição [Proposta de Emenda à Constituição] deve ter abrangência de dois anos, garantindo por esse período recursos para pagar o Bolsa Família.
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O futuro governo queria um cheque em branco no valor estimado de R$ 200 bilhões de reais para custear o que o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), chamou de “alma do início do governo”.
Mas as lideranças congressistas, ainda que considerem a PEC necessária, não querem dar ao futuro governo espaço fiscal “estratosférico”, para gastar além do teto constitucional, mesmo que seja em um importante programa social.
Os futuros governistas alinhavam uma minuta “fura teto” de R$ 200 bilhões. A oposição alega que a metade disso, R$ 100 bilhões, já seria suficiente para que o próximo presidente cumpra promessas de campanha e aí, com o comando da máquina pública às mãos, ir fazendo os necessários ajustes.
Embora, até aqui, a equipe de transição não tenha dado sinais de que pretende ter uma estrutura mais leve. É que a pressão dos aliados por cargos na Esplanada dos Ministérios tem movimentado o gabinete do vice-presidente eleito, Geraldo Alkimin (PSB). Enganou-se quem achou que seria fácil.