Da vaquinha de Bolsonaro ao coice de Magno Malta, esses fatos com que a política nos brinda

Leia a coluna Política em Brasília
Romoaldo de Souza
Publicado em 15/06/2023 às 22:47
Reunião ministerial Foto: Instituto Lula


O “BULLYING” DE LULA NÃO AFETA SOMENTE A AUTOESTIMA DE FLÁVIO DINO
Não foi a primeira vez que o presidente Lula (PT) comentou, de maneira jocosa, sobre a obesidade do seu ministro da Justiça. Na abertura da reunião ministerial, nesta quinta-feira (15), Lula advertiu ministros e assessores de que “a reunião vai demorar pelo menos umas seis horas” e que não haveria almoço para ninguém. “O almoço será uma comida leve, servida aqui na mesa. Ninguém precisa se levantar”, disse Lula para completar “o Flávio Dino também, mas nós vamos trazer pouca comida para ele”, arrancando risos dos que participavam da reunião.

Lula já está calejado quando o assunto são essas brincadeiras digamos, de sentido duplo. No início do governo, durante o lançamento do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), o presidente disse que Flávio Dino estava “se exercitando, andando de bicicleta” e comentou. “Aqui, ninguém está com excesso de magreza, a não ser o nosso poeta.

O presidente viaja nesta sexta-feira a Rio Verde (GO), para inaugurar trecho da ferrovia Norte-Sul, mas não perdeu a passada e atacou o agronegócio. Em entrevista a rádios locais, Lula deu a entender que está pouco se lixando se o produtor rural gosta ou não dele. "O que está em jogo é recuperar e aumentar a capacidade produtiva do país sem desmatamento ou queimada na Amazônia". Agora é esperar como o agro vai receber o presidente nessa que é considerada uma região celeiro de grãos no Centro-Oeste.

VAQUINHA PARA BOLSONARO
Prevendo que poderá vir a ser condenado em alguns dos processo judiciais que enfrenta, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está fazendo as contas com a defesa e planeja fazer um “crowdfunding”, popular vaquinha na internet.

Alguns dos processo contra o ex-presidente estão bem avançados, mesmo que a defesa assegure que vai recorrer. Eles são relacionados a multas que recebeu durante a pandemia da covid-19 por não usar máscara de proteção. Os juízes André Rodrigues Menk e Ana Maria Brugin bloquearam, juntos, R$ 500 mil das contas bancárias de Bolsonaro. “Defirimos o requerimento da Fazenda do Estado de São Paulo para determinar a indisponibilidade de dinheiro em depósito ou aplicação financeira.”

- Oh, não tem outro nome não? Esse negócio de “crowdfunding” não é nada popular. Tem que ser direto: “vaquinha”. Isso o povão entende, disse Bolsonaro.

De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo “as multas são justificáveis” uma vez que foram aplicadas à época, quando era obrigatório o uso de máscaras. A defesa vai recorrer.

ALUNOS EM TREINAMENTO FAZIAM SEGURANÇA DO CONGRESSO NO 8 DE JANEIRO
“Chocante”, essa foi reação do deputado Chico Vigilante (PT) no início do depoimento do coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, Klepter Gonçalves, à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, nesta quinta-feira.

“A avaliação era que este efetivo que eles estavam posicionando, que eles tinham solicitado e estavam escalando, era suficiente”, disse o coronel, se referindo aos comandos de batalhões que tinham sido acionados para em que ocorreu a invasão à Praça dos Três Poderes.

O coronel contou como a comunicação entre ele e a tropa foi falha, naquele 8 de janeiro. Klepter Gonçalves disse que “ninguém, absolutamente, ninguém” o informou do que estava aconteceu. “Por volta das 14h50, vi no celular aquelas mensagens de vídeo do YouTube, aí eu vi uma mensagem falando sobre a manifestação de Brasília. Foi então que abri para ver e foi então que eu vi que tinham tomado, subido a rampa do Congresso e adentrado a plataforma superior”, contou.

“Chocante. Isso configura total quebra de confiança. Como é que os seus comandados não o informaram nem da iminente possibilidade de manifestação, muito menos do quebra-quebra”? Questionou o deputado Chico Vigilante, presidente da CPI.

O COICE DE MAGNO MALTA
O bate-boca do senador Magno Malta (PL-ES) com o deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, virou “meme” entre os internautas e um dos assuntos mais comentados nas redes sociais do Senado.

O senador reclamava que tinha ficado de fora de um encontro da cúpula da CPMI com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre Padilha. Foi aí que Paulo Magalhães gritou. “O senhor vai tomar [conhecimento] pelo presidente.

De microfone em punho, Magno Malta contra-ataca. “Eu não vou me sentir desrespeitado por ele, não, porque ele é baiano lá. Por isso que eu vou lhe manter o respeito também. Se fosse outro, eu ia me sentir tentado a dar um coice”. O leitor pode imaginar a criatividade dos internautas.

ERRAMOS
Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), não emitiu declaração sobre a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, conforme havia sido noticiado na matéria intitulada "Lula frita Daniela do Waguinho e Waguinho da Daniela, e fica tudo em casa", publicada no portal e na edição digital. Pedimos desculpas ao presidente da CNM.


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