Transnordestina cada vez mais próxima de sair do papel

PADRE KELMON RELOAD, “SÓ DANDO UM ROLÊ”
Cenas surreais ocorreram em menos de cinco minutos de intervalo entre elas e envolveram o padre Kelmon, candidato a presidente da República pelo PTB; e, os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), o mais votada da bancada mineira; e, Célia Xakdriabá (Psol-MG). Nas últimas eleições, a comunidade indigenista enviou ao Parlamento cinco deputados. Além de Célia, foram eleitos também Juliana Cardoso (PT-SP), Paulo Guedes (PT-MG), Silvia Waiãpi (PL-AP) e Sônia Guajajara (Psol-SP), atualmente licenciada, ocupando o cargo de ministra dos Povos Indígenas.

Diante da galeria de fotos de deputadas federais, um grupo de 30 estudantes de um colégio particular de São Paulo estava sendo credenciado para fazer uma visita guiada, ao plenário da Câmara quando enxergam o padre. Vestindo sua tradicional batina, acompanhada de um grupo de fieis seguidores e um assessor de imprensa e midias sociais. Pronto! Todos correm para os braços do padre que os abençoa, tira fotos e quando vai começar sua pregação, aparece Nikolas Ferreira, o mais pop star dos parlamentares, quando o assunto são as redes sociais. Foi aquele alvoroço, o padre sem saber o que estava acontecendo, os professores pedindo calma e os estudantes sacando seus modernos smartphones e dezenas de selfies sendo feitas em questão de segundos. Kelmon olha, não entende ou finge não entender e vai embora.

Nesse ínterim, entre a tietagem dos estudantes a Nikolas Ferreira e o “perdido” que deram em padre Kelmon, apressada, surge entre eles Célia Xakdriabá. Pequena, 1,55m, passadas rápidas, roupas coloridas, a deputada estava com o seu tradicional cocar. “Zero bola”. Nem um dos estudantes deu a mínima para a indigenista e assim, foi cada para o seu lado.

Já no fim da tarde, quando o Comitê de Imprensa começava a ser ornamentado para a festa junina dos jornalistas, lá vem, novamente, padre Kelmon, com aquele semblante de quem procura algo. “Padre, padre, é aqui a festa junina”, gritou um gaiato, na porta do comitê. O padre segurou o crucifixo junto ao peito, fez uma pequena saudações e foi embora. Aceitam-se doações de bolo de rolo para a festa desta quinta-feira (22).

TRANSNORDESTINA MAIS PERTO DE SAIR DO PAPEL
O ministro dos Transportes, Renan Filho, reuniu a bancada pernambucana no Congresso Nacional para reafirmar “o compromisso com a construção do ramal de Suape - seja por meio de recursos próprios da união ou por meio da iniciativa privada”. Segundo o ministro, “o ramal é fundamental para o desenvolvimento de todo o Nordeste.

Renan Filho também fez a entrega virtual da obra de revitalização da BR 407, com extenção de 116 km de pavimentação e investimento de aproximadamente 14 milhões, ligando Petrolina a Afrânio.

O deputado Carlos Veras, um dos coordenadores da bancada, destacou, durante o encontro que “com esses investimentos, o governo do presidente Lula demonstrando compromisso com o nosso estado, o total de recursos previstos para 2023 é de mais de 576 milhões para manutenção e construções/adequações. Mais que o dobro do orçamento de 2022 que foi de 218 milhões”.

CPMI DO 8 DE JANEIRO, INVESTIGAÇÃO DO FIM DO MUNDO
O clima esquentou no Congresso Nacional durante depoimento de Silvinei Vasques, o ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).
A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) perguntou a Silvinei se o depoente teria sido condenado por ter agredido um frentista que se recusou a lavar a viatura da PRF. Silvinei tergiversava, não dizia nem sim nem não.

O deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA) não gostou da forma como o interrogatório transcorria e resolveu protestar, ao berros, alegando “desvio de finalidade por não está indo direto ao assunto”. Silvinei Vasques é acusado de, durante o segundo turno das eleições, ter orientado a PRF a fazer blitz em regiões onde Lula (PT) teve mais votos que Bolsonaro (PL) no primeiro turno.
“Cale sua boca. Não vou aceitar que deputado algum aqui venha cercear minha voz. Deputado, o senhor nem é integrante da comissão. Então, simplesmente, se cale. Se cale porque, neste momento, quem está falando aqui é a relatoria da Comissão e eu não vou aceitar nem de você nem de ninguém. Vá gritar em outro local”

SANTO CAÇA-RATO, “THE BEST”
Que o general Hamilton Mourão sempre nutriu uma certa predileção pelo Santa Cruz, isso ele não esconde de ninguém. Certa vez, o então vice-presidente concedia entrevista ao “Balanço de Notícias” que surpreendeu com sua declaração de amor ao tricolor do Arruda. “Eu quero dizer que a minha simpatia aí no Recife é por um time que fica ali no Mundão do Arruda". De pronto, a direção do time fez chegar à vice-presidência a camisa 10, personalizada com o seu nome.
Nesta terça-feira (20), o senador Mourão (Republicanos-RS) consultava o telefone quando me perguntou: “E o Santinha, como vai? Outro dia vi aquela camisa tricolor e resolvi vesti-la pra prestar um homenagem ao grande, ao maior jogador do Santa: Caça-Rato”, e saiu às pressa para votar o projeto “para garantir às atletas gestantes ou puérperas, no âmbito da Bolsa-Atleta, o respeito à maternidade e aos direitos que as protegem”.