O PL E O “TIOZÃO DO ‘ZAP’”
“Pega-fogo-cabaré!”. Quando o líder do PL, deputado Altineu Côrtes (RJ), percebeu que a conversa estava descambando para sair do controle, ele fechou, temporariamente, o grupo de comunicação entre os parlamentares. “Estava fora de diálogo”, justificou.
O mais agitado de todos, Eduardo Bolsonaro (SP), insistia em defender os argumentos do pai. Segundo Jair Bolsonaro “essa reforma [tributária] é coisa de comunista”.
PANOS QUENTES
Ganha uma viagem à Baixada Fluminense quem acertar a autoria intelectual desta frase: “Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo] sempre foi sensacional! Demonstro minha admiração a ele. Que cada dia desenvolva mais o jogo político diante de tantas raposas! Um forte abraço, governador” BOLSONARO, Carlos.
O vereador, o mais incendiário do clã, carrega em seu virtuoso currículo o feito de ser o mentor intelectual do “gabinete do ódio” - uma tropa de guerrilheiros virtuais, aquartelada no 3º andar do Palácio do Planalto, numa sala virada para a Praça dos Três Poderes, e que se (des)organizava ataques para todos os lados. “Carluxo” está convertido. “Temporariamente”, diria uma aliado. O seu partido, o Republicanos, está batendo um bolão com o governo Lula (PT) enquanto o deputado Silvio Costa Filho (PE) já amarra a chuteira para “entrar em campo” e defender o governo petista.
MORDE E ASSOPRA
Já o mais ponderado da família, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pensa olhando no futuro e preocupado com a disputa que o irmão Eduardo Bolsonaro (PL-SP) terá pela frente mirando a prefeitura paulistana. Flávio sabe que sem o apoio do governador Tarcísio Freitas (Republicanos) o 01 - como Eduardo é chamado pelo pai - não prospera.
“Atacar Tarcísio, além de não ser inteligente, é uma grande injustiça. Foi um ministro competente, trabalhador e aceitou a missão de ser candidato a governador de São Paulo por lealdade a Jair Bolsonaro”, disse.
A VOLTA DE QUEM NÃO FOI
Jean Wyllys (PT), um ex-BBB que se aventurou na política e caiu fora quando o sapato apertou, está de volta, tentando “lacrar” [gíria usada no mundo digital para rotular quem “manda bem].“Com minha ajuda inclusive, a gente elegeu, no ano passado, um governo democrático. Voltei agora, [porque] Esse governo me dá condições de voltar ao meu país”, disse ao Correio. Poderoso!
BRIGA DE FOICE
Eduardo Braga (MDB-MA) e Otton Alencar (PSD-BA) fazem movimentos entre os colegas senadores para conseguir a relatoria da reforma tributária.
Ponto para o baiano que defende incentivos à indústria automotiva do Nordeste. Mas Otton é uma tanto quanto espalhafatoso, e isso pode lhe tirar alguns caso caso relate a reforma.
O manauara tem a seu favor o fato de ser líder do MDB, bancada consistente e que pode ser decisiva pela aprovação da matéria. O ponto nevrálgico é que Eduardo Braga quer manter os incentivos à Zona Franca de Manaus e, no Senado, há quem trabalhe contra.
Corre por fora Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), uma espécie de curinga que o presidente Lula usou quando queria se aproximar do União Brasil. Deu errada essa aproximação. Ao menos até agora, deu.
PENSE NISSO!
Danilo Cabral na Sudene reclamou da falta de articulação do governo Bolsonaro com os senadores do Nordeste, “Notadamente no último governo federal, o debate entre os entes da Federação foi obstruído. Nesse vácuo, o Consórcio de Governadores do Nordeste se consolidou e uniu a região em torno de suas prioridades.”
Menos da metade dos governadores compareceu à posse de Danilo Cabral. “A vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, representando a governadora Raquel Lyra, que não compareceu a cerimônia porque estava participando de um sobrevoo pelos municípios da Mata Sul atingidos pelas chuvas nos últimos dias”, anotou o JC.
Pense nisso!