RELATÓRIOS DA CPMI E A GUERRA DE NARRATIVAS
O relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) tentou dar nome aos bois - quando o assunto foi a responsabilidade dos atos 8 de janeiro na praça dos Três Poderes - mas pelo que ela quis apontar, a CPMI só enxergou os bois que lhe interessaram. Ou viu boi demais da conta quando lhe convinha.
Não é nenhuma novidade que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não nutria respeito pelas instituições democráticas agora, achar que ele tinha habilidade cognitiva para arquitetar um plano para promover um autogolpe no governo, aí, como se diz em Monção, onde nasceu a relatora, “já está querendo pular o ‘corguinho.’”
E O RESTO DA BOIADA?
Quer um exemplo? O general Gonçalves Dias, “um dos militares mais bem preparados que este país já teve”, como dizia seu chefe, Lula da Silva (PT), pois o G. Dias recebeu as informações de que dispunha a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), mas mesmo assim foi omisso como chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Eliziane Gama “nem tchum”. Não deu a mínima para os erros do então ministro.
O RELATÓRIO PARALELO
Esse, assim como o oficial, também tem suas lacunas. A oposição deu um “delete” na organização, no desfecho do quebra-quebra de 8 de janeiro e resolveu jogar a culpa no lombo do presidente Lula. É claro que houve negligência do governo petista, mas também não é para tanto. Marcaram presença.
PIZZA AOS QUATRO QUEIJOS
Com Eliziane Gamas pedindo indiciamentos e fornecendo poucas provas e a oposição sem nada provar, o Ministério Público vai olhar e dizer: “nada de novo…”
TEMER CONTRA IPHONE
O ex-presidente Michel Temer (MDB) vai atuar como advogado de defesa da Gradiente (IGB Eletrônica S/A) contra a multinacional Apple Inc. numa disputa que vai determinar quem terá a exclusividade no Brasil para usar o nome iPhone.
O processo se arrasta por dez anos na Justiça brasileira depois que a Apple pediu a nulidade do registro da marca mista “Gradiente iPhone” feita no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).
O processo está parado no Supremo Tribunal Federal (STF), após um pedido de vista feito pelo ministro Alexandre de Moraes, ex-chefe da Justiça, na gestão Temer.
PENSE NISSO
Foi preciso a comunidade internacional, incluindo o Brasil, colocar o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, no seu devido lugar para que houvesse o anúncio de acordo com a oposição por eleições transparentes, sob monitoramento de observadores internacionais.
Vivendo um colapso econômico e um fracasso na democracia, após tentativas de golpes e autogolpes, a Venezuela, e seus últimos ditadores, Hugo Chávez (1954-2013) e seu pupilo, Maduro, deu calote no Brasil, eliminou lideranças de oposição e foi se isolando do resto do mundo. Quem sabe agora em 2024, reviva os ares da democracia.
Pense nisso!