Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza

Começa briga para definir que vai substituir Flávio Dino

'Rachadinha' para todos os sabores

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Romoaldo de Souza

Publicado em 29/11/2023 às 19:03 | Atualizado em 29/11/2023 às 20:18
Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet - Washington Costa/MPO

DOIDA PARA GASTAR
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que “cabe no orçamento” da União um movimento que conta com seu apoio para desmembrar a Justiça da Segurança Pública, quando Flávio Dino deixar o ministério, para ocupar a tão sonhada cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Cabe. Caber no orçamento cabe porque o orçamento de 2023 foi aprovado sem cinco ministério, que foram criados depois”.

Em Brasília corre à boca miúda que Simone Tebet tem interesse na divisão porque gostaria de ser nomeada para a Justiça. Só falta combinar com Ricardo Lewandowski e com a deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente Nacional do PT.

POR POUCO
Jogavam Real Madrid e Nápoli, já no finalzinho do jogo, quando foi anunciada a votação de um requerimento para inverter a pauta do dia. Nada muito importante, mas os parlamentares não querem “dar mau exemplo” aos eleitores.

No cafezinho - uma acanhada sala ao fundo do Plenário - uma TV transmitia o jogo enquanto dezenas de deputados se acotovelavam para ver as jogadas de Rodrygo - que rende bem em Madrid. No Brasil…

Bom, voltando! Início da votação e, mesmo estando a menos de 20 metros de distância do painel onde os deputados registram seu voto, cada um dos torcedores sacou do bolso um smartphone, olhou o tema em pauta, leu a orientação do líder do seu partido e apertou sim ou não.

“Essa foi por pouco”, disse um. O quê? A votação? Não, a bola que Rüdiger chutou. Ficaram os dois discutindo como é que se pronuncia no nome do atacante do Nápoli, Kvaratskhelia.

Final: Real Madrid 4 x 2 Nápoli.

‘RACHADINHA’ DE PALITO DE QUEIJO
Aonde chegamos! No cafezinho da Câmara, no salão principal, aliás café de qualidade duvidosa, tem um disputadíssimo biscoito de queijo, mas cada consumidor só pode compra cinco unidades.

Dia desses, um gabinete de um parlamentar famoso, desses que não saem das redes sociais, precisava comprar uma avantajada quantidade, e sublocou a empreitada.

Dava um palitinho para quem entrasse na fila para comprar a cota de cinco. O gabinete pagava os cinco palitinhos de queijo, levava quatro e dada um para quem ficasse na fila.

PENSE NISSO!
Não pegou bem, no Senado, um certo estilo arrogante do senador Weverton Rocha (PDT-MA), dizendo que Flávio Dino já tem votos necessários para ser aprovado na vaga de ministro do STF.

Weverton é o relator da indicação de Flávio Dino para a cadeira da ministra Rosa Weber que se aposentou em setembro deste ano.

Convém recordar uma frase atribuída ao ex-governador de Minas Gerais Tancredo Neves (1910-1985) que dizia: “Voto secreto dá uma vontade danada de trair”. A escolha para ministros do STF ocorre em votação secreta.

A não ser que o presidente do Senado faça como fez o senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007). O político baiano era presidente do Senado, quando da cassação do mandato do senador Luiz Estêvão (MDB-DF). ACM participou de um plano para violar o painel eletrônico - que informa apenas o resultado, sem identificar como o senador votou.

Ele, e os ex-senadores José Roberto Arruda e José Eduardo Dutra (1957-2015) queriam saber se a colega petista, Heloisa Helena, tinha votado contra a perda de mandato de Luiz Estêvão.

Nunca souberam.

Pense nisso!

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