Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza

Senado diz que Flávio Dino tem reputação ilibada, mas foi por pouco

Já Paulo Gonet deitou e rolou. Será o novo procurador-geral da República

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Romoaldo de Souza

Publicado em 13/12/2023 às 22:03
Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira (13) as indicações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF), e do procurador Paulo Gonet, à Procuradoria-Geral da República (PGR) - Lula Marques / Agência Brasil

Por 47 votos contra 31 e duas abstenções, o Senado Federal aprovou o nome do ministro da Justiça, Flávio Dino, para cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Foram seis votos além do necessário.

Os bolsonaristas poderão dizer que Flávio Dino e o ministro André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro (PL). Estão no mesmo patamar. O ministro “terrivelmente evangélico” teve 32 votos contra.

GONET, DE BRAÇADAS
O subprocurador-geral da República, Paulo Gonet, foi aprovado pelo Senado Federal para o cargo de procurador-geral da República. Gonet recebeu 67.

COSTELADA

Depois que os resultados foram anunciados pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o relator do processo de Flávio Dino, senador Weverton Rocha (PDT-MA), mandou tocar fogo no carvão para aquecer a "costeada". A ordem era deixar de lado o relógio. "não tem hora para terminar a festa".

PASSE NO RH
O subprocurador-geral da República, Paulo Gonet, indicado para o cargo de procurador-geral, agiu na CCJ como o candidato à uma vaga de emprego. Sabendo que qualquer deslize diante da “moça do RH” pode cortar-lhe o emprego. Melhor não arriscar.

“OTIMISMO EM GOTAS”
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) surpreendeu os colegas na Comissão de Constituição e Justiça, detalhando que o seu pai, Jair Bolsonaro (PL), cogitou indicá-lo para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).

"Flávio, o que você acha de você ser o indicado para o Supremo Tribunal Federal?” Teria perguntado o presidente da República ao seu filho, o 02.

"Eu falei 'presidente, apesar de eu ser advogado, o que eu sou é político, o que eu gosto de fazer é política'. E indiquei o nome do André Mendonça", afirmou Flávio Bolsonaro.

E completou: “E, olhe que eu acredito que, com ajuda do presidente Davi [Alcolumbre, presidente da CCJ], eu teria até alguma chance de passar aqui no Senado.”

Mais otimista nem se tivesse lido todos os livros de autoajuda.

RENAN COM O PÉ FORA
Autor do requerimento para criação da CPI da Braskem, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) pode não assumir a relatoria das investigações.

O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), integrante da CPI avalia, que “é melhor que o relatório seja feito com isenção”. O presidente da CPI será o senador Omar Aziz (PSD-AM). Jorge Kajuru (PSB-GO) será o vice.

NÃO EXISTE PECADO AO SUL DO EQUADOR
O poema de Chico Buarque em parceria com Ruy Guerra cai como uma luva no texto final da reforma tributária que está sendo redigido pelo relator, Agnaldo Ribeiro (PP-AL)

“Deixa a tristeza pra lá, vem comer, me jantar
Sarapatel, caruru, tucupi, tacacá
Vê se me esgota, me bota na mesa
Que a tua holandesa
Não pode esperar”.

Segundo o relator, a reforma tributária pode deixar de fora da lista dos “pecados”, ações como exploração de minério e petróleo. Tudo isso para mostrar que o lobby é poderoso.

A FRASE DO DIA…
… do senador Omar Aziz, pedindo agilidade nas sabatinas de Flávio Dino e Paulo Gonet. “Isso aqui está tão demorado que eu cheguei aqui de barba feita e já estou com ela crescida”.

PENSE NISSO
O presidente Lula da Silva (PT) está dando trabalho aos assessores. O Planalto está organizando “um grande ato político” para 8 de janeiro. A ideia do governo é lembrar a data da invasão à Praça dos Três Poderes por um grupo de bolsonaristas que promoveu um quebra-quebra generalizado no Congresso Nacional, na sede do Supremo Tribunal Federal e no Palácio do Planalto.

 


 

 

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