Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza

Ministro da Justiça diz que fuga em presídio de segurança máxima foi "muito barata"

Bolsonaro quer se ver livre de Alexandre de Moraes, afastando o ministro dos inquéritos

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Romoaldo de Souza

Publicado em 15/02/2024 às 21:24
Ricardo Lewandowski está internado em São Paulo e deve ter alta ainda nesta semana - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

COISA DE AMADOR
Pelo que disse o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a fuga de dois detentos perigosos - ou de alta periculosidade, como diria Gino César - “Foi uma fuga que custou muito barato.”

Assim, como quem escapa da cadeia de uma cidadezinha do interior, Rogério Mendonça, conhecido como Tatu e Deibson Nascimento, o Deisinho, escafederam-se - ou foram “escafedidos” - com desculpas pelo neologismo, e o ministro da Justiça diz que “houve a utilização das ferramentas que estavam sendo usadas na reforma das instalações. Algumas câmeras não estavam funcionando adequadamente. Assim como algumas lâmpadas não estavam funcionando adequadamente”. E tudo isso em um presídio de máxima segurança.

MEDIDAS ÀS PRESSAS
Um ano, um mês e 15 dias e o governo do presidente Lula da Silva (PT) descobriu que algumas medidas óbvias precisarão ser tomadas para evitar novas fugas.

Lewandowski disse que é preciso construir muralhas, reforço de agentes penitenciários e implantar “reconhecimento facial.” E comparou como se a fuga fosse “uma queda de avião” que sempre ocorre por uma combinações de fatores.

"É como uma queda de avião, quando cai, não é uma causa única. Primeiro que a fuga ocorreu numa terça-feira de Carnaval, onde as pessoas estão mais relaxadas, outro fator que contribuiu pra isso é que o presídio estava passando por uma reforma interna e, então, havia operários lá dentro e, infelizmente as informações que temos, é que as [ferramentas usadas na obra] não estavam aprisionadas de forma correta, estavam espalhadas", filosofou Lewandowski.

SOMENTE PARA CONSTAR
A petição da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja retirado do comando dos inquéritos, tem - eu diria - 100% de chance de receber o carimbo de “negada”.

Os advogados do ex-presidente alegam que Moraes é, ao mesmo tempo, “vítima” dos crimes investigados pelo STF e “presidente do inquérito”. Parece plausível o argumento, mas quem conhece o corporativismo do Judiciário, sabe que é melhor tirarem o “cavalinho da chuva”.

PENSE NISSO!
O presidente Lula decidiu fazer “um gesto humanitário”, anunciando que o Brasil vai fazer um "novo aporte de recursos" para financiar a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina, “e exortamos todos os países a manter e reforçar suas contribuições", disse.

Integrantes dessa agência, que tem a sigla UNRWA, foram acusados de terem vínculo com terroristas do Hamas.

Como a conveniência que sempre lhe rondou as atitudes, Lula não se pronunciou diante da decisão do amigo, o ditador Nicolas Maduro, que deu 72 horas para que funcionários do Alto Comissariados dos Direitos Humanos da ONU, deixem a Venezuela.

Isso chama-se política de conveniência

Pense nisso!

 

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