BYE, BYE, ISRAEL
O convite do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, vai ter de ficar para outra ocasião. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não liberou o passaporte e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai poder ir a Telavive, conforme tinha planejado.
No convite, Netanyahu lembrou que durante a gestão de Bolsonaro, Israel e Brasil “atingiram novos patamares. Guardo lembranças muito queridas de minha viagem ao Brasil”, disse o primeiro-ministro. Como há “diligências em curso é absolutamente prematuro remover a restrição imposta ao investigado”, escreveu Moraes.
MENSALÃO, O RETORNO
O presidente Lula da Silva (PT) gostou do que viu, dias atrás, quando o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu fez sucesso por onde passou, tirando fotografias e distribuindo autógrafos.
Lula também ficou animado com a informação de que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares não chega em um restaurante em Goiás sem ser assediado. “É desses ‘puxadores’ de votos que estamos precisando”, disse o presidente em contato com a cúpula petista.
FREIO DE ARRUMAÇÃO
O presidente do STF, Luis Roberto Barroso, suspendeu o julgamento virtual sobre foro privilegiado de autoridades. Quando Barroso puxou o freio de mão, o placar já estava 5 x 0 para aplicar o alcance do benefício.
DOIS EM UM
O STF julga dois processo. O primeiro pode beneficiar o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). O segundo a ex-senadora Rose de Freitas (MDB-ES). Zequinha é investigado por prática de “rachadinha” (que é a devolução de salário de servidores do gabinete ao parlamentar) quando ele era deputado federal. Deixou o parlamento, ocupou outros cargos, e o processo “desceu” para a 1ª Instância.
Rose de Freitas é acusada do crime de corrupção passiva, organização criminosa, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. Ao término do seu mandato, o processo foi devolvido pelo STF à Justiça no Estado do Espírito Santo.
O LIVRO DO DIA
Que o bacalhau é o prato preferido de quem está podendo pagar R$ 120 em um quilo do peixe, isso não é novidade; mas você sabia que a receita mais tradicional, “Bacalhau à Gomes de Sá”, é uma homenagem ao comerciante português José Luís Gomes de Sá Júnior (1851-1926)?
Falido no ramo de mercearia, Gomes de Sá se enveredou por experimentos na gastronomia até que um dia “preparou um bacalhau com azeitonas, batatas cozidas, cebolas, ovos e muito azeite.” Sucesso total, minha gente!
Quem nos conta essa e outras tantas maravilhosas histórias gastronômicas é Maria Letícia Monteiro Cavalcanti em seu brilhante livro “Esses pratos maravilhosos e seus nomes esquisitos”, publicado pela Fundação Gilberto Freyre. Boa leitura!
PENSE NISSO!
Não se engane que a motivação do STF não é nem Rose de Freitas muito menos Zequinha Marinho.
Mantendo o voto do ministro Gilmar Mendes que amplia o alcance do foro privilegiado mesmo após o fim do mandato a Corte estará com Jair Bolsonaro na alça de mira.
Caso contrário, todas as investigações do ex-presidente serão remetidas para a 1ª Instância; e Bolsonaro ganharia o tempo que ele não tem hoje.
Pense nisso!